Tecnologia
Por: Luiz Oliveira 19/12/2024 8 minutos de leitura

Tecnologia na saúde: quais as tendências e o que esperar para o futuro?

Tecnologia na saúde: quais as tendências e o que esperar para o futuro?

No filme De volta para o futuro (1985), o personagem Marty McFly (Michael J. Fox) viaja com a ajuda do doutor Emmet Brown (Christopher Lloyd) para o futuro de 2015 e entra em contato com diversas inovações tecnológicas.

Curiosamente, muitas se tornaram inspirações para a tecnologia na saúde, como biometria, monitor de tela plana, videoconferência e aparelhos inteligentes, de forma que hoje isso faz parte da nossa realidade. Entretanto, é importante se manter atualizado em relação às tendências para identificar as oportunidades que o mercado aponta.

Neste post, conheça as tecnologias mais usadas na área da saúde e saiba o que esperar daqui para frente.

Quais tecnologias têm sido usadas na área da saúde?

Inteligência Artificial

O cérebro ainda é o órgão mais misterioso do corpo, mas a Inteligência Artificial está acelerando as descobertas com a interpretação de dados complexos da mente humana.

Desde as previsões de convulsões, feitas com base na leitura de testes de EEG (eletroencefalografia), até a identificação precoce do início de demência, a IA tem permitido que os provedores acessem medições mais detalhadas e contínuas.

No caso de beneficiários que sofrem acidente vascular cerebral, por exemplo, cada segundo conta. Como o acesso a cuidados especializados em AVC nas regiões distantes pode demorar horas e resultar em morte, a IA é a solução, pois oferece estudos de imagem de alta qualidade que podem identificar o tipo de AVC e a localização do coágulo ou do sangramento.

“Hoje, nós aplicamos a IA na regulação médica e respondemos a um grande volume de solicitações só com tecnologia, e isso é fundamental. Vamos começar a usá-la para auditoria também.”

“Já podemos até detectar o risco de infecção em hospital para fazer o laudo do exame de imagem e prever se existe algum risco de o beneficiário ter um ataque cardíaco ou não nos próximos anos”, afirma Luiz Gonzaga Neto, gerente de produtos.

Realidade Virtual, Aumentada e Mista

Steven Spielberg estava inspirado quando escreveu o roteiro de Jogador Nº 1 (2018). Ele criou uma comunidade que só se relacionava dentro de um jogo de Realidade Virtual e Mista.

Na Realidade Mista (RM), o mundo real e o virtual estão interligados, permitindo a interação com objetos digitais e preservando uma sensação de presença dentro do ambiente físico.

Também conhecida como computação espacial, Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) são tendências tecnológicas que estão mudando constantemente a maioria das indústrias modernas. De acordo com um relatório da Zion Market Research, o mercado global de RA e RV chegará a US$ 814,7 bilhões até 2025.

É importante entender a diferença entre ambas. A Realidade Aumentada é usada para adicionar projeções ou sons com o objetivo de aprimorar o ambiente existente, que é aquele que o usuário já vê. A Realidade Virtual, por outro lado, cria uma experiência imersiva por meio de imagens 3D que leva o usuário a um lugar alternativo.

A primeira desempenha um papel importante ao permitir que os médicos misturem perfeitamente a experiência sensorial do mundo real com os dados digitais. Assim, eles não precisarão mais desviar o olhar durante o tratamento para obter informações vitais, pois terão os dados sobrepostos no usuário.

Além disso, as estruturas anatômicas podem ser identificadas e destacadas pela RA em tempo real, auxiliando no diagnóstico e nos procedimentos. As implicações dessa tecnologia nas circunstâncias cirúrgicas e de tratamento podem salvar vidas.

Muitos estudantes de medicina não têm a chance de participar de operações reais e obter uma visão da linha de trabalho de um profissional. No entanto, com a Realidade Virtual, a tendência é que isso mude, pois cirurgias com alto nível de detalhe podem ser transmitidas globalmente.

Assim, futuros médicos seriam capazes de observar todos os detalhes do corpo humano e, a centenas de quilômetros de distância, aprender a fazer uma cirurgia.

Impressão 3D

A impressão 3D tem sido uma tendência emergente na área da saúde há algum tempo, principalmente na criação de protótipos de dispositivos médicos mais baratos, com maior rapidez. A impressão 3D de tecidos, no entanto, traz um novo mundo de possibilidades.

Uma revolução em transplantes é possível com essa inovação. Para a pesquisa médica, os bio-objetos impressos podem ser os novos “cobaias”, o que significa contar com modelos para testes de produtos.

Assim como ocorre em outros setores, a impressão 3D possibilita criação, personalização, pesquisa e fabricação de protótipos para a área da saúde. Assim, os cirurgiões podem replicar órgãos específicos do beneficiário para ajudar na preparação dos procedimentos.

Além do mais, muitos dispositivos médicos e ferramentas cirúrgicas podem ser impressos dessa forma. O recurso facilita o desenvolvimento econômico de membros protéticos confortáveis, bem como tecidos e órgãos de impressão para transplante.

Biometria

O registro biométrico na área da saúde é usado na identificação de beneficiários e funcionários. Isso afeta algumas tarefas aparentemente simples, mas que demandam muito tempo, como logar em várias tecnologias para ter acesso às informações de saúde, inserir um refil de prescrição ou coordenar os cuidados com outro profissional.

Agora, os avanços estão tornando a integração de insumos biométricos uma opção mais atraente a um custo menor. Existem as modalidades biométricas tradicionais, como por impressão digital e reconhecimento de rosto e voz, que são utilizados há algum tempo em uma variedade de indústrias.

Novas modalidades, porém, como eletrocardiograma e digitalização da íris, são possibilidades para o futuro da biometria na área da medicina.

Sistema de gestão

A Inteligência Artificial tem a proposta de melhorar a velocidade e a precisão da interpretação dos vastos conjuntos de dados coletados em registros médicos eletrônicos, testes de diagnóstico, estudos de imagem e outras informações sobre o estado de saúde do usuário.

Ela tem potencial para otimizar a produtividade em tarefas repetitivas, como agendamento de alterações, entrada de dados, codificação para reembolso, coordenação de atendimento e outras atividades necessárias, porém onerosas.

Com isso, a equipe médica não precisa ficar atolada em tarefas administrativas e pode se concentrar em fluxos de trabalho clínico mais críticos para os cuidados do beneficiário.

Sabendo disso, a Maida.health desenvolve sistemas de gestão para a área médica. Por exemplo, iHealth Outsourcing integra serviços baseados em software e outsourcing, oferecendo uma solução completa para gestão de planos de saúde. O recurso garante controle absoluto dos custos e uma maior qualidade assistencial.

Já o Octopus, é um modelo inovador de regulação médica realizada por Inteligência Artificial e Crowdsourcing. Ele emite um alto percentual de respostas automáticas sob a supervisão da equipe médica que interfere no processo de regulação apenas quando necessário.

O que esperar da tecnologia na saúde no futuro?

A grande tendência é a IA aproveitar um volume massivo de dados para automatizar o processo, reduzir custos e, inclusive, aumentar a qualidade de algumas respostas, monitorar um perfil de infecção no hospital e saber quais são os riscos.

“Nossa expectativa é personalizar cada vez mais o atendimento. Se o plano de saúde aponta que o beneficiário não vai a consultas de rotina, consegue prever que no futuro ele dará despesas médicas altas.”

“Por meio do acompanhamento, é possível fazer um follow-up, marcar a consulta, liberar o usuário de pagar a cota ou a coparticipação do plano e oferecer algum incentivo. E isso pode ser expandido bem mais”, conta Luiz Gonzaga.

O gerente de produtos conclui que “a segunda linha de pensamento é utilizar o volume de dados para uma consumerização aliada à personalização. É pegar a pessoa que necessita da assistência e colocá-la no centro das atenções.”

“E junto com o design, com a experiência do usuário, conseguimos entregar uma experiência muito mais personalizada e adequada. O papel da IA não é substituir o humano, mas ajudá-lo a fazer um trabalho cada vez melhor”.

Como você viu, a tecnologia na saúde traz enormes possibilidades para o setor. Já pensou em desburocratizar os processos na sua clínica e obter outros benefícios, como os cuidados preventivos para os usuários? Entre em contato conosco agora mesmo, pois temos a solução que o seu negócio estava esperando.