Quando você ouve a palavra “automação” o que lhe vem à cabeça? A associação mais imediata tem a ver com linhas de montagem, etapas bem definidas e processos altamente padronizados, repetitivos e simplificados pela tecnologia. Essa concepção popularizou-se com o Fordismo e a determinação de Henry Ford para tornar o automóvel um objeto de consumo em massa.
Sob esse ponto de vista, a missão da regulação médica — reconhecer as condições de saúde presentes em cada demanda e quais recursos seriam apropriados para atendê-la — parece não automatizável.
Ainda bem que os tempos são outros e novas formas de trabalho surgiram para mostrar que sim, é possível aplicar a automação a um processo que lida, diariamente, com alto grau de imponderabilidade na
saúde suplementar.
As características colaborativas do crowdsourcing e o potencial de resposta da inteligência artificial têm muito mais a ver com a meta de alcançar o equilíbrio na regulação médica do que você imagina. Continue a leitura deste post para entender mais sobre isso!
Agregar conhecimentos em torno da solução de um problema
A palavra “crowdsourcing” apareceu pela primeira vez em 2006 na revista de tecnologia e tendências
Wired. O objetivo era definir, por meio da união de crowd (multidão) e
outsourcing (terceirização), uma nova maneira de convívio social, que se baseia na construção coletiva de soluções para problemas, com melhoria de produtos e serviços e benefícios para todos os envolvidos.
Um dos exemplos mais disseminados de crowdsourcing é o aplicativo Waze, que conta com os próprios usuários para manter-se atualizado em relação a mudanças de direção nas vias e informar as melhores rotas, considerando acidentes, congestionamentos e outras obstruções em tempo real. Lançado em 2008, o app é apontado, hoje, como imprescindível para quem dirige em grandes centros.
Mas outros tipos de quebra-cabeças também podem se valer da colaboração. Desde 2015, a agência espacial norte-americana mantém o Center of Excellence for Collaborative Innovation (
CoECI). Por meio dele, a NASA busca “formas de pensar fora da caixa” para responder a desafios da exploração humana do espaço, de algoritmos para robôs a roupas mais eficientes para os astronautas.
Cada vez mais empresas, de todos os portes, têm adotado esse modelo para resolver questões que consomem um volume enorme de recursos e profissionais. Equipes inteiras e lideranças que poderiam se concentrar em novas estratégias para melhorar o relacionamento com os usuários e contribuir para o crescimento da organização mesmo em cenários desafiadores, como é o caso da saúde suplementar brasileira.
Apostar no crowdsourcing é apostar na combinação das melhores ideias de um grupo de pessoas engajados em uma causa.