Administração
Por: Ney Paranaguá 17/12/2024 6 minutos de leitura

Você sabe mesmo o que é um ERP? Talvez esteja na hora de trocar o seu!

Você sabe mesmo o que é um ERP? Talvez esteja na hora de trocar o seu!

Você consegue imaginar empresas como Google ou Uber sem as plataformas que viabilizam seus serviços? É por meio do aperfeiçoamento constante dessas tecnologias que essas companhias conseguiram desenvolver uma identidade própria e imediatamente reconhecida pelos usuários.

Embora pareça uma comparação ousada, assim também é — ou deveria ser — a relevância do ERP para plano de saúde. Se os setores mais disruptivos e bem-sucedidos da economia apostam em integração de dados, softwares e máquinas que conhecem cada vez melhor seu público para prever necessidades e antecipar-se a elas, estamos diante de um sinal claro.

Como você acha que as operadoras de planos de saúde estão se preparando para esse futuro cada vez mais presente? Muitas delas não estão. O tempo é consumido pelas preocupações em arrumar a casa diante das exigências regulatórias, judiciais e despesas assistenciais crescentes.

Neste artigo, vamos mostrar qual é o papel de um ERP na virada de chave dos planos de saúde para uma atuação mais equilibrada e sintonizada com os desafios atuais. Já passou da hora de você saber escolher uma solução que vai fazer diferença real para o seu negócio.

Seu ERP contribui para resultados melhores ou só automatiza processos?

Enterprise Resource Planning pode ser traduzido, em português, como Sistema de Gestão Empresarial. Ele será responsável por automatizar operações rotineiras de uma empresa, como faturamento, folha de ponto e controle de estoque. Isso todo mundo sabe.

E é aí que mora o perigo. Como diz a consultora em liderança e programação neurolinguística Sue Knight, “faça o que sempre fez e você terá sempre o mesmo resultado”. E convenhamos: se você chegou até aqui, é porque está em busca de resultados mais impactantes.

Soluções tecnológicas para planos de saúde devem ser interfuncionais e permitir diagnóstico do contexto em tempo real, viabilizando estratégias no timing adequado. Se devidamente integrado ao comportamento organizacional, o ERP será um modo de gerenciamento — e não só um instrumento administrativo.

Por isso, é importante saber que um ERP pode ir muito além de uma ferramenta eficiente para informatizar procedimentos operacionais e administrativos. Por meio de funcionalidades personalizadas e que poupem tempo na extração de dados e tomada de decisões, ele será eficaz para superar desafios de gestão.

Ao eliminar emendas improvisadas e desintegradas — as famosas gambiarras —, o ERP libera as pessoas em posições-chave para refletir. Para pensar nas melhores táticas de atendimento ao perfil da carteira de beneficiários, definição de prioridades em relação a indicadores e métodos para manter o equilíbrio dos custos assistenciais, dos índices de sinistralidade e da rede credenciada, sem prejudicar o relacionamento entre os atores do sistema de saúde suplementar brasileiro.

O ERP utilizado atualmente pela sua organização é uma farsa?

Quando analisamos as soluções disponíveis no mercado, no entanto, vemos que muitos dos sistemas foram criados em contextos diferentes do vivido pela saúde suplementar e adaptados para cuidar apenas do dia a dia da organização. O futuro exige muito mais do que isso. Exige interação eficaz com os principais públicos — no nosso caso, beneficiários, rede credenciada, gestores, fornecedores e agentes regulatórios — e conexão facilitada com outros softwares.

Muitos ERPs prometem essa entrega completa, com base sólida, apresentação e formato modernos e capazes de se disseminar bem no mercado. Depois de implantados, a história é outra. Estima-se que apenas 30% das funcionalidades disponíveis nesse tipo de sistema são realmente utilizadas. Parece até fake news: uma simulação engenhosa revestida de dispositivos que atribuem aparência de verdade e tem consequências desastrosas.

Por outro lado, muitos gestores acreditam que, ao adquirir um ERP aparentemente robusto e equipamentos de ponta, estarão preparando suas empresas para a transformação digital. Só que o movimento tecnológico precisa ser pensado junto com a cultura da empresa. Isso significa que o ERP deve ser customizado e implantado a quatro mãos, em uma colaboração efetiva entre fornecedor e plano de saúde.

Você acredita que o sistema de gestão é um coadjuvante?

O ERP que funciona na sua operadora deve ser protagonista dos processos e contribuir para diferenciar sua empresa das demais. Ele influenciará o modo como as coisas são feitas, na direção de uma atuação mais eficaz e transformadora. Padronizar processos é pouco: é necessário que o ERP contribua para o bem-estar e a identidade da organização.

Quando a adesão ao sistema de gestão é feita de forma personalizada e engajada, a operadora passa a ser reconhecida não só pelos planos, serviços e número de vidas gerenciadas, mas também pela sua forma de atuar e se relacionar interna e externamente.

Se você parar para pensar, nossas expectativas e formas de interação com produtos Google, a exemplo de seu buscador, são indissociáveis de seus softwares e algoritmos. A tecnologia faz o produto ser reconhecido como Google — e não como Bing.

Sob essa ótica, o ERP também não pode ser algo que, ao ser substituído, não fará falta.

O ERP para plano de saúde que você adota impacta seus sinais vitais?

O ERP que você usa permite que a operadora funcione em condições melhores do que a média do mercado? Permite que o beneficiário acesse a marcação de exames de forma totalmente digital, sem precisar passar por uma central de autorização ou aguardar em uma fila (mesmo que essa fila seja virtual)?

Um sistema de gestão empresarial competitivo é capaz de considerar critérios para além dos aspectos regulatórios. Ele analisa também o comportamento do profissional que solicita os exames, constrói um perfil preciso da rede e agrupa os profissionais em clusters. Quando um comportamento estiver discrepante, é possível, imediatamente e on-line…