Entender a relação entre Inteligência Artificial (IA) e diagnóstico médico é essencial e influenciará consideravelmente a conduta nos próximos anos na assistência à saúde da população.
As formas inteligentes de se analisar um dado médico, por meio de compilados e estudos com relevância estatística e metodológica, serão decisivos para mudança nas condutas ou antecipação de estratégias clínicas.
Além disso, a Inteligência Artificial é uma tecnologia muito ampla, potente e eficiente, que aliada ao conhecimento médico individual, otimiza diversas frentes de avaliação em um cenário clínico.
Ficou curioso para entender a relação entre Inteligência Artificial e diagnóstico médico? Então, fique por aqui e saiba também a influência da IA na pandemia da COVID-19!
Entenda como a Inteligência Artificial é aplicada à Medicina
Sabidamente, a Medicina é uma ciência capaz de identificar características clínicas a partir dos sintomas dos pacientes, interpretar exames digitais radiológicos e laboratoriais e traçar as melhores estratégias de cuidado.
Acontece que fazer isso em escala individual ou mesmo na especialidade médica do profissional atualmente não é suficiente para absorver todas as variáveis que influenciam no processo. Pois é preciso analisar também os aspectos patológicos, nosológicos, epidemiológicos, entre outro no contexto saúde-doença das coletividades.
A partir disso, surge a IA, que, conforme conclui o Dr. Carlos Henrique Rabelo Arnaud, médico pediatra, “é um reconhecimento de padrões em uma velocidade muito mais rápida que a de médico ”.
Isso significa que os médicos tomarão decisões clínicas baseadas nas melhores evidências científicas, nos levantamentos clínicos mais atualizados sobre determinada doença e nas estratégias terapêuticas mais efetivas.
Então, a partir de informações mais globais e em tempo real, os profissionais implantarão condutas de acordo com esses estudos, levando em consideração também as particularidades fisiopatológicas do paciente.
Entenda a relação da IA com a pandemia da COVID-19
Estamos vivendo a pandemia da COVID- 19 de proporções inimagináveis no aspecto clínico, econômico, social, comportamental e tantas outras vertentes que ainda não foram sequer cogitadas.
As informações estão chegando aos nossos ouvidos de forma rápida, precisa e atualizada constantemente. E isso se deve, em parte, à Inteligência Artificial em um contexto mais amplo.
Por meio dessa metodologia, é possível levantar dados sobre a geolocalização das pessoas, inferir sobre o isolamento nas cidades e avaliar o percentual de ocupação dos leitos em uma localidade para concluir sobre o colapso do sistema, entre outros pontos.
Também é possível quantificar o número de serviços que aumentaram ou reduziram significativamente devido às reformulações nos padrões de consumo dos indivíduos e da sociedade.
Outro ponto é a descrição dos fatores de riscos conforme o tipo de exposição do indivíduo e a profissão, de forma que se mensura se o período é real ou pouco provável dentro do contexto analisado.
Por meio do cruzamento de dados nas diferentes temáticas estudadas da COVID-19, poderemos também traçar um perfil mais amplo e entender a variáveis que influenciam o adoecimento e prevenção da doença.
Dr. Carlos Henrique Rabelo Arnaud discorre também sobre esse assunto, relatando que, “ao alimentarmos um banco de dados com um número estatisticamente significante de exames, e, direcionarmos o machine learning com os aspectos clínicos mais importantes (fatores de risco, tempo de sintomas, idade, comorbidades etc.), o programa reconhecerá tais achados de forma automática e direcionará o médico e/ou paciente para a conduta mais adequada.”
Saiba como a IA contribui para o diagnóstico médico
O diagnóstico médico é algo valioso na assistência à saúde, pois será um direcionador das condutas e do acompanhamento clínico realizado no paciente. Por isso, quanto mais certeiro, melhor será o prognóstico e com menos reações adversas ou complicações para o doente.
Diante disso, qualquer estratégia que possa ser utilizada para minimizar o erro e maximizar a eficiência será bem-vinda, como é o caso da IA. Vamos trabalhar um exemplo descrito pelo Dr. Carlos Henrique: suponha que um paciente esteja com pneumonia, considerando primeiramente os aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos relevantes para apurar o caso e tomar medidas efetivas no indivíduo.
Tratando isoladamente esse doente, é menos complicado; mas, no contexto de um plantão de urgência, o cenário é mais complexo, haja vista o número de atendimentos por plantão (em média 100 por cada 12 horas), acontecendo simultaneamente com outras enfermidades graves.
Esse cenário implica tomar decisões rápidas, priorizando pacientes mais graves, dando suporte para os clinicamente instáveis e monitorando os doentes aparentemente estáveis dentro das instituições de saúde.
O que o Dr. Carlos Henrique conclui é que “a IA tem potencial para ser um grande TRIADOR e, indo além, talvez, um DIRECIONADOR dos casos, facilitando, assim, o trabalho dos médicos e dos pacientes”.
Conheça casos ao redor do mundo que já utilizaram a IA
A Organização Mundial de Saúde já reconhece que as tecnologias digitais, Inteligência Artificial e machine learning estão revolucionando os campos da Medicina, pesquisa e saúde pública.
A entidade enfatiza que a IA e o Big Data são essenciais para melhorar os serviços de saúde, responder a questões complexas do sistema e trazer soluções para os problemas clínicos atuais.
Em diversos países, o uso da IA é frequente, mas esbarra em questões éticas, sociais e clínicas, uma vez que pode utilizar dados do paciente para traçar prognósticos pouco favoráveis.
Assim, é preciso extrair dados relevantes da coletividade que possam auxiliar na tomada de decisão e frequentemente nortear a efetividade das ações, impactando também a redução de custos em saúde.
Sabe-se hoje que as ações de atenção primária, principalmente relacionadas à detecção precoce de doenças crônicas, foram realizadas por meio de IA e Big Data. Exemplo disso é a campanha para rastreamento do câncer de mama no Brasil.
A relação entre Inteligência Artificial e diagnóstico médico é uma estratégia para otimizar o estado de saúde de uma população, verificar as demandas mais urgentes e propor medidas que sejam efetivas. No contexto da pandemia da COVID-19, a IA serve para monitorar as pesquisas realizadas e facilitar a intervenção dos médicos que atuam diretamente no enfrentamento da doença.
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