Sáude
Por: Ney Paranaguá 19/12/2024 7 minutos de leitura

Entenda como as pandemias afetam a saúde suplementar no Brasil

Entenda como as pandemias afetam a saúde suplementar no Brasil

A pandemia global causada pelo coronavírus (Covid-19) gera impactos na sociedade em diversas escalas, desde os hábitos, passando pela economia e chegando a serviços básicos. Nesse trajeto, talvez o principal ponto de preocupação seja a saturação do sistema de saúde. Indo além do SUS, a saúde suplementar no Brasil também sente os reflexos da velocidade exponencial do coronavírus.

Leitos superlotados vão de encontro à necessidade de manter o distanciamento social recomendado para o período. A quarentena é uma realidade em boa parte do mundo, mas em meio a ela é necessário saber como adequar os serviços de saúde no âmbito suplementar. Profissionais do setor, hospitais e clínicas se adaptam para continuar seus serviços essenciais à sociedade.

Neste post, baseado na visão do Dr. Ney Paranaguá, sócio da Maida.health, confira um pouco mais sobre o impacto das pandemias na saúde suplementar no Brasil e quais mudanças estão sendo necessárias.

Entenda como outras pandemias afetaram a saúde suplementar no Brasil

Ao analisar outras pandemias e o impacto que elas geraram na humanidade, é necessário avaliar, primeiramente, como cada um dos vírus agia. Mais recentemente, o mundo se viu em alerta com o H1N1, vírus de gripe que matou 18 mil pessoas entre 2009 e 2010.

Apesar de ter sido um vírus grave, há diferenças relevantes para a situação vivida hoje, globalmente. O coronavírus tem uma taxa de transmissão de 2,79 (quem tem o vírus pode infectar até 2,79 pessoas), o que representa duas vezes mais do que o H1N1.

O novo vírus também é mais perigoso, com uma taxa de letalidade que chega a 3,4%, avaliando o total de doentes no mundo, enquanto o H1N1 foi de 0,02%, mas ainda assim matou mais de 2 mil pessoas no Brasil.

A alta capacidade de transmissão do coronavírus é o fator principal que gera impactos na saúde suplementar do País, resultando no esgotamento dos leitos.

O SUS simplesmente fica saturado, sobrando apenas a infraestrutura das instituições privadas, que, com a continuidade da transmissão, rapidamente chegam à mesma situação, especialmente se o distanciamento social não é adotado nem respeitado.

Os impactos também se estendem à paralisação de consultas médicas, procedimentos eletivos e de menor urgência, já que o ideal é que só frequentem clínicas e hospitais aqueles que estão com os sintomas do coronavírus.

Saiba como a pandemia do coronavírus poderá impactar o setor

Os impactos do coronavírus na saúde suplementar no Brasil são extensos e podem ser vistos de diversas perspectivas. Entenda um pouco melhor quais são esses pontos e que tipo de mudanças e prejuízos eles podem gerar ao setor.

Saturação do SUS

Por mais que o SUS esteja cumprindo com um importante papel no momento, é difícil que haja estrutura suficiente para receber toda a população. Consequentemente, essa saturação faz com que muitas pessoas precisem buscar atendimento no sistema suplementar, também o impactando.

Com sistemas público e privado superlotados, a consequência é uma das mais perigosas, mas já prevista no País: o colapso dos sistemas de saúde, já que os dois segmentos têm ocupação altíssima de leitos para receber pacientes com o coronavírus.

Adaptação dos setores de atendimento em hospitais

A disposição de hospitais do sistema privado também sofreu alterações, uma vez que é necessário que os leitos que recebem pessoas com o coronavírus precisem ser isolados. O risco de contaminação é alto, o que demanda um esquema especial para isolar essa área dos hospitais.

Assim, o trabalho de logística requer organização, adequação e, na maioria das vezes, investimentos. Isso mexe com a situação econômica das empresas, o que requer a tomada de decisões adequadas para realizar as mudanças.

Necessidade de adaptar a consulta tradicional à digital

Com o distanciamento social obrigatório, muitas pessoas que precisam manter sua rotina de tratamentos e consultas acabam sofrendo com paralisações. No entanto, algumas clínicas e hospitais já buscaram na tecnologia de automação as soluções necessárias nesses casos.

Online, médicos têm conseguido atender aos pacientes, naturalmente, em alguns casos apenas, que possibilitem consultas a distância, por meio das teleconsultas. Em sistemas de chamada de vídeos, eles podem diagnosticar, orientar e conduzir tratamentos da melhor forma.

Prontuário eletrônico com maior valor

O prontuário eletrônico é um recurso que já faz parte, há algum tempo, da realidade de profissionais e instituições privadas de saúde que buscam dinamizar o trabalho. Pacientes podem acessar remotamente esses prontuários e checar informações relevantes sobre consultas e tratamentos e ainda visualizar diagnósticos e receitas de medicamentos.

Mais do que nunca, os prontuários eletrônicos devem ser colocados em prática. A solução já existe e o momento é de realmente aderir às práticas que vêm sendo propostas com base em inovação e comodidade. Quando combinados com as teleconsultas, os prontuários eletrônicos são fundamentais.

Fique por dentro da atuação do profissional nesse sentido

Os profissionais que atuam na saúde suplementar no Brasil são agentes fundamentais nessa luta contra a pandemia e na manutenção dos serviços de suporte à população. Para exercer esse papel, no entanto, é necessário se adequar e se preparar da maneira certa.

Com boas práticas e tecnologia adequada, é possível entregar um trabalho de ponta e, principalmente, que contribua para a saúde pública.

As teleconsultas

Aos médicos que têm os recursos adequados, adaptar-se às teleconsultas é uma atitude de grande ajuda na tentativa de manter o sistema de saúde suplementar no Brasil funcionando bem. Isso passa também por engajar a sociedade acerca da possibilidade de mudar, não só agora, mas em um trabalho de continuidade, a forma como pacientes se consultam com médicos.

O estímulo aos consultórios digitais

Os consultórios digitais podem ser uma realidade para profissionais de diversos setores, o que depende de um esforço em conjunto de engajamento, mas que deve partir dos próprios médicos. Oferecer o ambiente digital ideal convence os pacientes de que é possível continuar tratamentos, mesmo a distância, diante de um cenário de necessidade de reclusão social.

A telemedicina

A telemedicina precisa ser uma proposta sólida para as instituições de saúde suplementar. Nessa busca por digitalizar o atendimento, soluções especializadas já estão disponíveis no mercado, entre elas a Maida.telehealth.

A plataforma ajuda na gestão de procedimentos, consultas e em todas as atividades do cotidiano médico, trazendo tudo para o digital. Entre suas funcionalidades estão:

  • transmissão de dados de forma segura – Protocolo HIPAA;
  • atuação médica estruturada com anamnese, prescrição e prontuário médico eletrônico;
  • assinatura digital certificada pela ICP-Brasil;
  • avaliação contínua da experiência do usuário;
  • diversos níveis de integração;
  • Services Desk.

Analisando a sociedade e os serviços durante um período de epidemia global, é fácil perceber como a saúde suplementar no Brasil pode ser impactada. Seja do ponto de vista estratégico, seja do econômico, tudo pode mudar para pior. Em meio a isso, a tecnologia e as boas práticas, baseadas em responsabilidade e bom senso social, são o caminho para lidar com o cenário.

Como você acredita que pandemias podem ajudar a revolucionar a forma de atendimento na medicina suplementar? Diga nos comentários!