Administrar planos de saúde públicos não é, definitivamente, uma tarefa fácil. Ao mesmo tempo, ela pode ser simplificada ao se adotar a abordagem pragmática da boa gestão. Isso não significa, em hipótese alguma, abrir mão da humanização e do foco na saúde dos envolvidos, que também fazem parte de uma administração de qualidade.
A questão determinante parece depender do acesso a dados e informações que facilitem o diagnóstico situacional do plano de saúde e, em consequência, a decisão do gestor. Basicamente, isso envolve questões políticas, assistenciais, técnicas e de sustentabilidade financeira.
As informações sobre esses aspectos estão disponíveis para você como gostaria? Confira nosso texto e encontre os subsídios que precisa!
Saiba mais sobre o significado de autogestão
Como o próprio nome indica, trata-se de uma modalidade na qual o plano de saúde é uma organização social autogerida e que não tem objetivo de lucro, portanto, tem função totalmente voltada para assistência à saúde.
Isso significa que estamos falando de uma iniciativa solidária e que traz desafios de gestão significativos, como a adoção de tecnologias mais avançadas, a ampliação de procedimentos cobertos e o crescente impacto dos custos.
Fique por dentro da realidade da autogestão no Brasil
Segundo um interessante estudo, que levantou a percepção de gestores municipais de saúde no meio-oeste catarinense, a tendência é de valorização dos conhecimentos sobre a legislação, das habilidades de gestão de recursos públicos, da gestão de equipes e da ética.
O levantamento também apontou tensões, como conflitos entre uma visão mais estratégica e outra mais assistencialista, e preocupação do gestor com sua imagem, com valorização de atitudes e tarefas que aumentem a visibilidade. O conflito entre a abordagem técnica e política também ficou evidente.
Basicamente, o entendimento é de que o direcionamento de dinheiro público para grupos restritos, como o dos beneficiários de um plano de saúde público, é seletivo em relação ao resto da população. Afinal, os serviços custeados não estarão disponíveis para qualquer cidadão.
Nossa constituição é clara quanto a obrigação do Estado em oferecer assistência gratuita à saúde e, como tem dificuldade de cumpri-la, esse é um ponto sensível.
Conforme um estudo de caso sobre autogestão em autarquia federal, a avaliação de custeio e a formação da rede credenciada são pontos críticos na gestão dos planos de saúde, mas falta informação e participação para fortalecer esses aspectos.
Na conclusão da pesquisa, está categoricamente expresso que: “a rede deveria ser composta de acordo com as necessidades dos beneficiários e o custeio ser discutido entre os participantes através de um embasamento técnico”, com clara transparência sobre a situação do plano, o que não costuma ocorrer. Até mesmo em razão da dificuldade de levantar esses dados, presente em grande parte dos casos.
Caso o plano esteja superavitário, existirão outros desafios importantes, mas não existe um padrão perfeitamente definido sobre os problemas encontrados. Até mesmo os indicadores de gestão podem variar muito de região para região, algumas com maior ou menor engajamento médico e outras características diferentes.
Saiba como a tecnologia pode trabalhar como aliada
Por mais que algumas tendências de inovação possam fazer diferença para a gestão, o entendimento sobre como a tecnologia pode contribuir para a autogestão dos planos de saúde passa pela compreensão da importância da informação. Ela é determinante em qualquer iniciativa, mais especialmente no caso dos planos de saúde, que dependem de avaliações atuariais.
O cálculo atuarial é, basicamente, uma avaliação da história do plano, com diferentes perspectivas e diretamente ligada a dados demográficos. Assim, é preciso verificar:
- como a carteira está dividida;
- qual o grau e o ciclo de envelhecimento dela;
- qual extrato demográfico gasta mais;
- qual é a faixa que gera mais custo;
- qual recebe mais;
- como está o fluxo de entrada e saída; e
- como estão os gastos: onde estão os gargalos e se há descontrole.
A tecnologia precisa ser habilitada para informar os pontos fracos e o fornecedor dela deve ser capaz de contribuir para solucioná-los. Com uma abordagem consultiva, ele deve apontar gastos incompatíveis e os pontos nos quais a gestão pode atuar.
Com base nessa referência, será preciso negociar a solução. Normalmente, ela envolve aspectos políticos relevantes, mas eles são mais facilmente administrados, quando o gestor tem informações seguras e claras para fundamentar a defesa das demandas de ajuste e de aprimoramento do plano de saúde.
Transformar um orçamento em superavitário pode demorar algum tempo. Por isso, é importante criar um plano e determinar prioridades. Assim, é possível elaborar um cronograma com metas de ações e tarefas entregáveis.
Conheça a solução da Infoway
A Infoway oferece a solução tecnológica e o suporte consultivo para tirar o máximo proveito dela. Com a elaboração do modelo ideal de plano, de acordo com informações demográficas e outros fatores, e influência de cada caso. Ou seja, o nosso trabalho é moldado para atender às necessidades específicas de cada contexto.
Um bom exemplo de resultados, é o caso do IASPI — Instituto de Assistência a Saúde do Piauí, um dos clientes da Infoway. Esse é um plano que funciona com tecnologia e é superavitário.
Ao longo do tempo, implantamos uma ferramenta para controlar o desperdício e pudemos notar a diferença com a redução de custos, além da média de exames efetuados. Com a contribuição da Infoway, é possível verificar o comportamento da diminuição desses custos ao longo do tempo, por meio de gráficos sintéticos.
Assim, o que podemos concluir, a partir das reflexões deste texto, é que os planos de saúde públicos estão diante do desafio pontual e explícito de geração de sustentabilidade. O que é dificultado pela necessidade de atendimento de demandas políticas e assistenciais complexas. Felizmente, estamos prontos e comprometidos em contribuir para superar esses obstáculos.
Portanto, entre em contato conosco e conheça em detalhes como podemos ajudar no seu caso.