Sáude
Por: Natiellly Pinheiro 20/12/2024 11 minutos de leitura

Monitoramento de sintomas a distância: conheça os benefícios

Monitoramento de sintomas a distância: conheça os benefícios

Estabelecidos há muito tempo na história da sociedade, os modelos mais comuns de atendimento médico precisaram passar por mudanças nos últimos tempos. A necessidade de reclusão e de distanciamento social que a pandemia da Covid-19 impôs fez com que o monitoramento de sintomas a distância se tornasse uma realidade entre as práticas da Medicina.

Diante do entendimento das autoridades médicas, é seguro realizar esse acompanhamento remoto, evitando o risco de contágio a outras pessoas, ou até mesmo ao paciente. Em meio a um momento complicado e, praticamente, único até hoje, essa nova prática serviu para gerar reflexões e análises. Possivelmente, um legado na forma de atendimento pode ser construído.

Neste post, você entenderá mais sobre o monitoramento de sintomas feito a distância, como isso pode ser benéfico e de que maneira realizar um atendimento de qualidade. Confira a seguir!

Entenda a importância do monitoramento de sintomas a distância

A pandemia da Covid-19 gerou mudanças históricas na forma como a Medicina exerce o seu papel na sociedade. As consultas médicas tiveram que ser adaptadas, especialmente para evitar o deslocamento de pacientes e também o contato com os profissionais da saúde. No entanto, não é só esse tipo de atendimento que precisou mudar.

Na verdade, é no monitoramento de sintomas que se encontra o desafio principal de manter esse trabalho remoto com qualidade e segurança. Para isso, é fundamental contar com um padrão de atendimento baseado nas normas básicas de distanciamento social e com todo suporte da tecnologia. Só assim é possível exercer o papel da Medicina de maneira adaptada.

Ainda que oferecer esse serviço gere benefícios, é importante preparar as operadoras e os profissionais médicos para que haja uma padronização no atendimento. Com um plano em longo prazo, focado no pós-pandemia, é possível colher muitos frutos e aproveitar uma série de vantagens desse modelo.

A seguir, entenda em alguns pontos como o monitoramento de sintomas feito a distância pode trazer benefícios para os profissionais, para os pacientes e para as gestoras de planos de saúde.

Segurança para os pacientes e para os profissionais de saúde

Preservar a saúde de pessoas tem sido o grande desafio e o objetivo de órgãos, como a OMS, além de entidades ligadas à Medicina. A capacidade alta de transmissão da Covid-19 representa um risco claro à sociedade, por isso foi necessário adaptar até mesmo a forma de atendimento na saúde. Dessa maneira, o monitoramento de sintomas é um ótimo recurso nesse sentido.

Pacientes precisam estar seguros nessa relação com profissionais da saúde. Isso significa, em dado momento, simplesmente se manter seguro em casa e longe de riscos de contaminação. Os sintomas podem ser decorrentes não só da Covid-19, mas de qualquer outra doença, ou seja, há sempre um risco realmente concreto que precisa ser ao máximo evitado.

Do outro lado estão os profissionais da saúde, em grande risco de exposição ao vírus e a outras doenças. Para eles, realizar um monitoramento qualificado e preciso, mas remotamente, é uma ótima forma de se manterem protegidos e, ainda assim, exercerem a profissão. Em geral, é uma prática que protege todas as partes envolvidas.

Redução de custos para a operadora

Uma operadora de plano de saúde precisa considerar duas questões principais: a sua capacidade de cobertura e o quanto esses atendimentos e procedimentos vão implicar financeiramente. Por isso, é fundamental pensar sempre nas melhores formas de continuar oferecendo tudo que os beneficiários precisam, mas de maneira econômica e eficaz.

Nesse sentido, o monitoramento de sintomas se encaixa no que uma operadora pretende oferecer: atendimento certeiro e qualificado, mas que gere um baixo custo. Como essa relação dificilmente é obtida, tendo em vista o alto custo da maioria dos procedimentos médicos, é indiscutível como o monitoramento remoto representa uma grande vantagem às empresas.

Naturalmente, nem todos os procedimentos pararam durante a pandemia, e isso é esperado. No entanto, junto a possibilidades como a teleconsulta e o atendimento por telemedicina, o monitoramento a distância gera economia às finanças das operadoras. É uma ótima oportunidade de ter um respiro e reinvestir na companhia.

Otimização dos processos administrativos

O grande volume de trabalho em operadoras de plano de saúde é uma questão indiscutível e que se repete em qualquer empresa. São aprovações, autorizações, solicitações e uma série de outras pequenas demandas que geram uma grande quantidade de tarefas. O ponto principal é que tudo precisa ser devidamente analisado, para só então haver a aprovação ou a recusa.

O monitoramento de sintomas é um procedimento muito mais simples e que gera custos baixos para os pacientes. Nesse caso, basta saber se o plano em questão tem cobertura para teleconsulta, gerando um detalhamento muito menor, o que também reduz os esforços administrativos. É importante destacar que essa vantagem só é alcançada com a ajuda de sistemas automatizados.

Os trâmites administrativos têm implicações sérias, como custos, tempo de trabalho e até mesmo podem impactar a satisfação do beneficiário. Quando esses processos são reduzidos, como é o caso quando o monitoramento a distância pode ser feito, há muitos ganhos que as operadoras podem aproveitar.

Agilidade na entrega de resultados médicos

Resultados médicos são decisivos para a satisfação de um beneficiário e, naturalmente, não estamos falando do que exatamente for constatado. A questão é que os pacientes esperam ter um retorno o mais rápido possível sobre suas situações. O monitoramento de sintomas, ainda que demande alguns dias, garante que esse diagnóstico seja oferecido remotamente.

Há também outro ponto importante que vai além do fato de o paciente receber os resultados sem precisar sair de casa: a comunicação entre o médico e a operadora de plano de saúde. Todo esse processo de solicitações e troca de informações é feito remotamente, com ajuda de um sistema eficaz e adaptado às necessidades do segmento de saúde suplementar.

A agilidade na entrega de resultados e na troca de informações entre as três partes — operadora, médico e beneficiário — faz com que todos os envolvidos consigam sair satisfeitos do processo. Isso é fundamental para uma boa comunicação entre todos, o que gera fidelidade, uma rede credenciada qualificada e um bom relacionamento entre o plano, seus profissionais e os pacientes.

Saiba como realizar um atendimento de qualidade a distância

Se garantir o monitoramento de sintomas a distância é um grande recurso que operadoras podem oferecer, é importante realizar o melhor trabalho possível. Um atendimento remoto de qualidade impõe claros desafios às empresas, mas há caminhos certeiros que podem ajudar a superar qualquer dificuldade ou desconfiança por parte do beneficiário.

A seguir, entenda em alguns pontos cruciais como é possível realizar um atendimento humano e qualificado, mesmo remotamente.

Utilizar uma plataforma de comunicação eficiente

A tecnologia é o ponto principal quando falamos de telemedicina. Qualquer consulta médica a distância precisa de uma plataforma de comunicação eficiente — nesse caso, ligando o profissional médico ao seu paciente. Para isso, é importante utilizar um software que funcione bem, permitindo que uma chamada de vídeo de qualidade seja feita entre as duas partes.

Se possível, essa plataforma precisa também ter campos para anexar arquivos, realizar comentários e enviar mensagens adicionais de texto. Tudo depende da infraestrutura oferecida, mas um médico pode usar desde um software avançado, oferecido pela operadora, ou simplesmente recorrer a ferramentas comuns, como o Zoom.

O importante é que a plataforma escolhida seja capaz de colocar paciente e o profissional em uma experiência livre de problemas ou dificuldades. Ao fim do dia, é isso que vai influenciar a percepção do beneficiário sobre o atendimento remoto.

Automatizar todo o processo

A automação não é novidade na Medicina, já que os sistemas são amplamente usados, sendo essenciais à rotina médica. Em um monitoramento de sintomas, a automatização pode aparecer de duas maneiras: em sistemas integrados com ferramentas de chamada de vídeo, ou somente naqueles tradicionais, que funcionam em um ambiente à parte.

Independentemente da opção, um bom software ajuda o médico em momentos importantes dessa consulta a distância, especificamente em tarefas como:

  • consulta do cadastro do paciente;
  • formulação do prontuário médico;
  • registro de prescrição médica;
  • registro do laudo;
  • solicitações de exames, procedimentos e internações;
  • envio de qualquer documento diretamente ao paciente e à operadora.

Manter o foco total no paciente

Uma das questões mais importantes a serem consideradas em um atendimento a distância é a forma de tratar o paciente, mais especificamente, em relação à atenção dada a ele. O distanciamento físico pode gerar uma sensação de que aquele procedimento não é o mais adequado e que o médico não conseguirá se dedicar inteiramente ao paciente.

A partir disso, é fundamental que o profissional entenda essa possível sensação e, em seu atendimento, tenha muito mais empatia pelo momento vivido. Isso deve incluir um aumento na atenção dada ao beneficiário, com um foco total nele, ainda que precise, paralelamente, realizar anotações no sistema, além de outras necessidades operacionais que marcam um atendimento.

O médico, nessa situação, deve sempre dar a palavra ao paciente e manter sua visão direcionada a essa pessoa. Nem sempre é fácil transmitir uma postura de atenção e foco em uma chamada de vídeo, por isso, reforçar esse comportamento empático se faz necessário.

Padronizar as consultas com checklists

Consultas presenciais são parte da rotina natural de qualquer médico. Para elas, não é necessário definir um passo a passo para que tudo corra bem. No entanto, isso muda sensivelmente quando estamos falando de um procedimento remoto, como é o caso do monitoramento de sintomas. A falta de costume pode gerar algum problema se o médico não padronizar seu trabalho.

É fundamental estabelecer um checklist de atividades a serem feitas, que podem ser anotações necessárias, registros nos sistemas e perguntas ao paciente. Nesse caso, é importante que a padronização seja proposta pelas operadoras, garantindo não só um atendimento qualificado, mas que essa experiência possa também ser agradável para o paciente.

Definir ambientes qualificados para o atendimento

O home office é uma realidade mundial em tempos de pandemia. Se o modelo já vinha sendo adotado em muitas categorias profissionais, por diversas empresas, agora, ainda mais, é uma necessidade. As consultas remotas fizeram com que muitos médicos também se mantivessem em suas casas e escritórios particulares, longes de clínicas, hospitais e centros médicos.

Quanto a isso, há duas questões importantes: em primeiro lugar, é mais segura, mas, além disso, também é necessário definir parâmetros de atendimento. Um local adequado deve garantir que esse atendimento seja feito sem nenhuma interrupção, proporcionando uma experiência perfeita ao paciente, como se ele realmente estivesse em um consultório.

Escutar e receber os feedbacks dos beneficiários

Atender remotamente é, inegavelmente, um desafio, principalmente para os profissionais que ainda não trabalhavam nesse formato. Os planos de saúde precisam prestar todo suporte aos médicos para garantir que o nível do atendimento e do monitoramento de sintomas seja sempre o melhor. Para isso, coletar feedbacks dos pacientes é sempre fundamental no processo.

Dessa maneira, é preciso criar um espaço em que, ao final de cada consulta, o beneficiário possa opinar sobre diversos pontos relacionados à experiência que acabou de ter. É importante avaliar fatores como:

  • comunicação com o médico;
  • qualidade da conexão;
  • nível de informações oferecidas;
  • qualidade da avaliação do médico;
  • experiência, de maneira geral.

Nem sempre esses feedbacks serão positivos, especialmente se a operadora ainda não tem tanta experiência em telemedicina. No entanto, até mesmo opiniões negativas podem ser úteis, já que elas apontarão, a partir de uma ótica sincera, o que precisa ser melhorado.

Uma forma interessante de lidar com esses feedbacks é criar indicadores de avaliação de satisfação do paciente. Um dos mais utilizados em diversos setores é o Net Promoter Score, que pode funcionar muito bem também na telemedicina.

Não há dúvidas de que o monitoramento de sintomas é fundamental nos tempos atuais, mas é importante pensar nele também como uma realidade para o futuro. Mais do que um recurso pontual e emergencial, esse método deve ser adotado pela maioria das operadoras, ou seja, a estruturação dos atendimentos deve ser pensada a partir de já.

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