O 5G na saúde é a aplicação da 5ª geração da internet móvel no setor. Para ter uma ideia do impacto que ela terá, basta lembrar das mudanças que ocorreram conforme evoluiu o acesso à internet por meio dos celulares. O 3G passou a permitir o uso dos smartphones, enquanto o 4G garantiu o perfeito funcionamento dos mais diversos aplicativos. A diferença básica entre cada uma dessas gerações é a velocidade, que é fundamental para que possamos adotar novas tecnologias em escala.
A inteligência artificial, a robótica e a internet das coisas, aplicadas às mais diversas funções, implicam em alto fluxo de dados móveis, o que será possível com a 5G. Segundo a Price, podemos considerar um alinhamento entre o 5G e a medicina 4P, uma ideia relativamente nova.
Confira as aplicações em cada um dos Ps!
Preditivo
Com um fluxo constante de dados em tempo real sobre os sinais vitais dos pacientes, monitorados à distância, e alertas relevantes, que poderão ser combinados com informações sobre estilo de vida e fatores sociais, será possível prever riscos para os pacientes.
Os profissionais de saúde terão acesso a avisos precoces de possíveis problemas e poderão intervir. É verdade que o 5G não é fundamental para o processo preditivo, mas é ele que pode garantir o fluxo de dados no volume necessário a uma taxa de falhas aceitável.
Preventivo
O contexto da COVID-19 revelou a eficiência de rastrear a localização e a proximidade de um número significativo de pessoas. Na Coreia do Sul, esses dados de geolocalização foram combinados com perfis de diagnóstico e resultados de testes para identificar o risco de contágio e eventuais transmissões de assintomáticos.
Esse é um bom exemplo de como a função preditiva ajuda na preventiva, ou seja, de como a capacidade de identificar a predisposição ao contágio, favoreceu a adoção de medidas preventivas capazes de evitá-lo.
Personalizado
Uma enormidade de dados, resultante de monitoramentos detalhados, poderá ser usada para identificar sutilezas entre o estado de um paciente ou outro. Além disso, essas informações estarão disponíveis em tempo real e à distância, permitindo personalizar as experiências e as intervenções na saúde das pessoas.
Por meio de telelaudos e outros recursos semelhantes, muitos procedimentos raros e mais específicos poderão atingir um número maior de pessoas que precisam deles, independentemente de onde estiverem.
Além disso, recomendações que possam contribuir para o bem-estar de cada paciente também poderão ser personalizadas e entregues em uma escala populacional que ainda não experimentamos. Recursos de inteligência artificial também poderão ser usados para automatizar alguns diagnósticos e gerar alertas, que poderão ser interpretados, aceitos ou recusados pelos médicos.
Participativo
Os pacientes se tornarão menos passivos e poderão se envolver mais na condução de seus próprios resultados. Ao tomar ações independentes para gerenciar seu bem-estar, os pacientes podem melhorar sua qualidade de vida ao mesmo tempo que contribuem para a diminuição dos custos assistenciais.
Por fim, existem grandes potencialidades para o Brasil adaptar a integração do 5G na saúde. Especialmente se considerarmos nossas distâncias e a carência de tratamento em algumas localidades, o 5G é uma oportunidade para democratizar e personalizar o acesso à saúde, diminuir custos e, principalmente, garantir uma melhor condição de saúde, baseada em resultados mensurados em tempo real.
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