A Transformação Digital na saúde já trouxe importantes melhorias para seus processos administrativos e práticos, mas o melhor mesmo é ver que as perspectivas de desenvolvimento para os próximos anos são ainda melhores.
Existe um movimento claro e proporcionado pelo uso da análise de dados em que a gestão da saúde está abandonando os modelos padronizados de suporte aos beneficiários e começando a enxergar suas particularidades para a promoção da personalização dos serviços.
Com isso, é possível trabalhar com a coordenação do cuidado e ações preventivas para a saúde. Nesse caso, o uso de soluções fundamentadas em Inteligência Artificial que fazem a análise dos dados dos planos garantem personalização e qualidade nos serviços para o beneficiário, além do ganho de eficiência para os seus gestores.
Vamos entender como a Transformação Digital está trazendo esses resultados para a área da saúde e em qual das novas tecnologias e soluções vale a pena o investimento? Veja a seguir.
Saiba mais sobre o conceito de Transformação Digital
Por que tanto se fala em Transformação Digital? Não seria o movimento natural das inovações que percebemos ao longo dos anos?
A resposta é que a Transformação Digital não envolve apenas a aquisição de um novo equipamento ou a atualização de um sistema de gestão. Ela é mais abrangente e, não por acaso, é citada como a Quarta Revolução Industrial.
As outras revoluções causaram a diminuição drástica do uso da força animal em virtude da mecanização dos processos, do aprimoramento do uso da energia elétrica nos maquinários e o aparecimento das tecnologias digitais no ambiente de trabalho e doméstico — ou seja, mudanças estruturais, ambientais e comportamentais.
Com a Transformação Digital não é diferente. Ela gera as mudanças tecnológicas, mas de forma integrada a todos os aspectos da empresa, e também demanda a necessidade de fortalecimento da cultura, a alteração na percepção de valor e a operacionalização otimizada de processos.
Quando citamos a Transformação Digital, portanto, estamos considerando os ganhos de agilidade, a aplicação da Inteligência Artificial, o aumento da eficiência e a automação de processos que vão influenciar a percepção de todos os envolvidos: o gestor do plano, o profissional da saúde ou o paciente.
Confira 5 exemplos de Transformação Digital na saúde
Consegue imaginar como esses saltos de inovação podem contribuir para a sua gestão na área da saúde? Muitas de suas melhorias já podem ser percebidas na atualidade, por isso listamos algumas delas a seguir.
1. Otimização da Regulação Médica por Inteligência Artificial
A Regulação Médica envolve a análise e a aprovação minuciosas dos exames, medicamentos e procedimentos a serem realizados em um paciente após a consulta, por exemplo.
Ela é determinante para que os planos de saúde e o sistema público cumpram as diferentes diretrizes e regras que envolvem cada um dos atendimentos, evitem o prejuízo com o acionamento indevido de seus serviços e garantam tratamento aos pacientes que realmente necessitam.
Durante sua execução são analisadas as diretrizes para aquele procedimento. No caso da investigação oncológica, o atendimento primário pode solicitar alguns exames. Com a confirmação, o paciente fica sob responsabilidade da atenção secundária com um especialista a nível municipal.
Somente depois dessas etapas é que o paciente com confirmação do câncer passa a ser acompanhado pela Regulação Estadual e inicia o tratamento. Cada uma dessas etapas tem diretrizes diferentes, mas para que o paciente tenha acesso ao tratamento, precisa passar por elas devidamente.
Esse é apenas um exemplo, mas também temos uma regulação específica para outras situações, particularidades dos exames e tratamentos — como as de radiologia, que têm implicações até mesmo ambientais.
A otimização dos processos de Regulação Médica pode ser feita pelo uso da Inteligência Artificial, onde o médico auditor pode contar com as autorizações automáticas de um sistema como o Octopus para exames, procedimentos e medicamentos já preconizados para o tratamento, por exemplo.
Nesse caso, ele sempre acompanhará o processo, mas poderá concentrar sua atuação apenas nos casos em que houver negativa para o procedimento ou que forem mais complexos e caros, como no exemplo citado.
2. Serviços de tecnologia e outsourcing com expertise unificados
Outra evolução da Transformação Digital é a possibilidade de contratar sistemas para a gestão de saúde associados ou outsourcing de uma central de atendimento 24 horas.
Com a solução iHealth isso é possível, pois ela concentra todo o know-how e a experiência da Infoway em gerenciamento de autogestões públicas e privadas com auditoria médica e de enfermagem, contas médicas, estudos atuariais, regulação médica por IA e a central de serviços 24 horas nos 7 dias da semana.
O sistema abriga ainda algumas funcionalidades de Customer Success para garantir a gestão da satisfação dos clientes, não se limitando ao bom atendimento, mas dando fundamentos para ações relevantes, pontuais ou preventivas, na resolução de demandas.
Em resumo, além do sistema para o gerenciamento, a inserção de dados e as análises, é possível contar com um time especializado e uma gestão do suporte que está sempre em busca de novas soluções e inovações.
A equipe estratégica da Infoway estuda e propõe aos seus clientes soluções que atuem preventivamente na saúde do beneficiário e otimização da gestão. São propostas que geram satisfação ao cliente final do plano e também aos seus gestores, já que podem reduzir custos com tratamentos mais caros, por exemplo.
Ter esse suporte completo e estratégico permite que o gestor consiga melhorias no plano perceptíveis aos beneficiários, foque massivamente no seu core business e deixe que problemas como a rotatividade no setor de atendimento seja uma preocupação da empresa contratada para realizar tal serviço.
3. Digitalização da identificação de pacientes
A digitalização da identificação de pacientes também merece destaque nos exemplos de inovações e suas respectivas urgências para atendimento, que é uma regulação a ser atendida.
Nesse caso, é importante citar o Protocolo de Manchester, que resumidamente usa as cores para classificar a urgência no atendimento de cada paciente depois de uma triagem que avalia seus respectivos sintomas.
O azul determina a inexistência da urgência, verde, amarelo e laranja aumentam essa graduação, e o vermelho caracteriza o atendimento imediato.
Com a Transformação Digital, esse processo pode ser agilizado, além de diminuir falhas de julgamento e classificação. Com um formulário automatizado, as cores são definidas mais rapidamente, assim como as identificações dos pacientes, que também direcionam para especialidades e atendimentos específicos.
4. Telemedicina e diagnósticos
A telemedicina também é um tema que está em alta, e vemos importantes avanços nos diagnósticos e procedimentos realizados a distância — inclusive os telelaudos e as teleassistências. Na prática, podemos afirmar que a telemedicina é o uso de recursos eletrônicos, sistemas, redes e até a robótica para dar suporte aos tratamentos e procedimentos clínicos.
O prontuário eletrônico é um exemplo, que, aliás, já deveria estar integralmente implantado no SUS e gera importantes ganhos para o tratamento dos pacientes, visto que permite a troca de informações sobre o histórico e o quadro clínico daquelas pessoas.
O sistema público de saúde inglês é outro exemplo. Ele usa um programa de telessaúde para reabilitação cardíaca e ortopédica, com consultas virtuais, aconselhamento para atividades físicas e análises de exames laboratoriais a distância.
Com isso, o paciente não precisa ir até um centro de saúde, ficar sujeito ao contato com viroses ou fazer exames invasivos desnecessários para o acompanhamento e o diagnóstico de suas condições clínicas.
5. Hospitais inteligentes
Assim como as casas e empresas estão se modernizando e sendo conectadas por redes, os hospitais inteligentes também estão começando a usufruir da Internet of Things (IoT), alterando desde seus layouts até o reforço do uso massivo da digitalização de documentos e processos administrativos.
Essa modernização gera ganho de performance, redução de custos e da incidência de erros, indo ao encontro de outras inovações que estão, gradativamente, sendo inseridas no ambiente hospitalar — inclusive equipamentos da medicina diagnóstica.
Isso inclui o envio imediato dos resultados de exames para os médicos, o controle da dosagem de medicamentos da farmácia realizado a distância, a gestão da reserva de equipamentos nos blocos cirúrgicos e muito mais.
Estudos e tratamento de câncer na cabeça e pescoço
Para exemplificar, um estudo conduzido com 357 pacientes em tratamento de câncer na cabeça e no pescoço foi apresentado em junho de 2018. Nele, os pacientes usavam um sistema de bluetooth que monitorava o peso e a pressão sanguínea, combinados a uma sequência de sintomas que estavam em monitoramento.
Esses dados históricos eram captados durante os tratamentos dentro do hospital ou enviados aos médicos quando os pacientes estavam em domicílio, dando uma perspectiva realista da reação do organismo ao tratamento desenvolvido.
Com dados mais precisos sobre a reação dos pacientes, os médicos conseguiram calibrar mais efetivamente seus medicamentos e tratamentos como a quimioterapia, aliviando sintomas e desconfortos do processo.
Em resumo, a Transformação Digital na saúde gera eficiência para seus processos, agilidade no atendimento, melhor uso dos seus recursos e melhorias nos tratamentos. Isso é vantajoso para o beneficiário e também para as autogestões privadas e públicas, não é mesmo?
Ainda existem muitas melhorias a serem feitas, mas é fato que as inovações encontraram na área da saúde — seja na parte prática, seja na de gestão — um terreno fértil e que necessita cada vez mais de melhorias.
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