Uma estratégia baseada no conceito de smart business depende essencialmente de pessoas com uma cultura, um comportamento e visão de realidade adequadas ao modelo. É um tema fascinante, pois envolve a capacidade das empresas de desenvolver operações humanizadas e, ao mesmo tempo, com alto nível de eficiência em custos e geração de valor.
Além disso, esse é um caminho sem volta. A competitividade baseada na eficiência operacional sempre foi motivo de crítica, especialmente por Porter, mas nunca de maneira tão contundente como na atualidade. Neste texto, vamos esclarecer essas afirmações.
Se sua empresa não é smart business, eu sinto muito!
A frase “penso, logo existo” do filósofo Descartes é repetida constantemente para ressaltar a importância do pensamento e de uma abordagem lógica e científica do conhecimento. Originalmente, ela se referiu a uma visão cética da nossa realidade.
Segundo o pensador francês, nossa percepção e os nossos sentidos podem nos enganar acerca do mundo e, tudo o que podemos ter certeza, é que raciocinamos. Afinal, não há como questionar isso sem pensar.
Acontece que, séculos depois desse olhar, estamos diante de uma realidade na qual as empresas estão desafiadas a considerar aspectos mais abstratos e subjetivos dos negócios.
O conhecimento puramente instrumental e técnico não é capaz de tornar as empresas competitivas. No máximo, ele contribui para executar processos e procedimentos mais eficientes, que podem proporcionar vantagem momentânea.
Para o nosso objetivo com este texto, devemos ainda nos concentrar no fato de que a economia baseada na indústria, com características mais fisiológicas, deu lugar à necessidade de administrar uma inteligência orgânica e sistêmica.
Ela se manifesta nas organizações de futuro promissor na forma de um “grande cérebro” constituído de pessoas com um comportamento multifuncional, inteligências diversas — a emocional, a espacial, a interpessoal etc. — que atuam alinhadas com recursos tecnológicos que potencializam a produtividade e ampliam os horizontes da informação.
Desse modo, essa inteligência organizacional é capaz de entender a realidade de uma sociedade absurdamente diversa e dinâmica. Com base nessa abstração, ela desenvolve soluções que entregam valor superior com aderência aos desejos e necessidades de cada público que tem como alvo.
Desse ponto de vista, agora são empresas que devem pensar para existir e evitar enganos “sensoriais”. Só uma equipe sensível aos dilemas e anseios da sociedade é capaz de contribuir nesse sentido.
Para isso, precisa das ferramentas tecnológicas certas, de novas habilidades, conhecimento e capacidade de colocar novos modelos em prática — o que depende de compromisso com um propósito que a sociedade valorize.
Ser smart business não é uma opção! É hora de agir
O desafio imposto por esse contexto que descrevemos não é trivial. Talvez o maior gasto energético do corpo seja pensar e, do mesmo modo, o esforço necessário para fazer com que a empresa desenvolva a inteligência exigida é gigantesco. Muitas vezes ela precisa tratar de demandas de correção e aproveitar oportunidades que não são observáveis, pois estão na cabeça das pessoas que compõem o time.
Como o nosso comportamento social se transforma o tempo todo e em alta velocidade, é preciso identificar novidades, prever mudanças, considerar tendências e agir com uma agilidade que supera as capacidades humanas.
Décadas atrás sonhamos com uma tecnologia que nos desse mais tempo livre, mas ela aumentou a velocidade com que as coisas acontecem. Só agora ela começa a desenvolver recursos que prometem realizar esse sonho antigo.
Veja o caso do WhatsApp. Há 5 anos o aplicativo era uma curiosidade e hoje já é uma necessidade fisiológica. Além de mudar particularidades do nosso modo de vida e da forma como interagimos, isso ocorreu muito rápido e mudou a dinâmica de nossa rotina. As frases são curtas, o feedback é instantâneo e nem percebemos exatamente como isso aconteceu.
Além disso, entramos em um círculo virtuoso do ponto de vista da excelência. O consumidor tem se habituado a entregas de valor cada vez mais encantadoras e, acostumados com esse padrão superior, não aceitam menos. Para atraí-los e fidelizá-los, as empresas se esforçam para melhorar ainda mais, o que aumenta mais um grau no nível de exigência e assim se perpetua o ciclo — indefinidamente.
À medida que o consumidor fica mais exigente, ele espera um tratamento personalizado que não pode ser dado no nível peer to peer — pessoa a pessoa. Essa demanda exige personalização e a organização reage para entregá-la.
Ao mesmo tempo, quando a empresa desenvolve uma inteligência capaz de compreender o consumidor e motivada a entregar o que ele deseja, esse ciclo se torna natural e orgânico.
Smart business começa pelas pessoas!
O primeiro passo a ser vencido nesse caminho é a negação da necessidade de ser smart. Superada essa fase é preciso buscar o conhecimento, assessorias e consultorias que ofereçam as expertises e ferramentas necessárias para que o negócio se torne um smart business. Outro caminho é contratar quem tenha as competências necessárias.
Esse não é um processo fácil. Exige que as lideranças assumam e aceitem perder sua influência e descentralizar decisões. Desse ponto de vista, o processo envolve toda a equipe, mas começa nelas.
A inteligência que mencionamos como ponto central neste texto é resultado do esforço de uma equipe. Essencialmente, empresas são pessoas e não estoques e recursos inanimados. Esses bens são apenas ferramentas que potencializam a ação de indivíduos em condições de fazer a diferença.
Desse aspecto, as habilidades de liderança são a base que reúne pessoas em torno de um líder inspirador. Esse organismo pensante que as empresas precisam se tornar, depende dessas competências funcionando com sinergia entre todos os envolvidos.
Isso significa que cada membro da equipe deve ser capaz de absorver a influência do líder e, ao mesmo tempo, atuar como tal quando o momento exigir.
Essa é uma característica da descentralização na qual os processos, análises, insights e decisões ocorrem de forma compartilhada e cooperativa. Desse modo, a “alma do negócio” precisa ser construída agregando pessoas com afinidade de propósito e com um desejo de realização alinhado com o modelo smart business.
Smart business também é tecnologia!
Mencionamos em outro tópico o sonho de que a tecnologia se ocupasse de tarefas rotineiras e robotizadas e, desse modo, nos permitisse um modo de vida com dedicação a atividades mais prazerosas. Se, em um primeiro momento, ela contribuiu para isso ao mesmo tempo em que acelerou a dinâmica de nossa rotina, agora estamos mais perto de um futuro bem diferente.
No campo da saúde, os recursos tecnológicos de diagnóstico, telemedicina e monitoramento por meio de sensores de IoT prometem uma revolução. Todos os sinais vitais serão monitorados em tempo real e a reação será imediata — haverá zero chance da doença se instalar. O que nós teremos será o desenvolvimento de estilos de vida que vão influenciar no bem-estar emocional que hoje nos falta e favorece doenças, como a depressão.
Além disso, a quantidade de informações disponíveis e de variáveis de influência que as empresas devem monitorar estão totalmente fora do alcance humano sem o uso da tecnologia. É por isso que mencionamos desde o inicio deste texto uma inteligência orgânica e sistêmica alinhada com a tecnologia.
Como o empenho para alcançar os resultados necessários é desumano, os recursos tecnológicos devem permitir que os negócios funcionem melhor com um esforço menor. Perseguimos esse objetivo com a certeza de que novas tecnologias smart business, como a IA, e metodologias como o Design Thinking, possibilitam criar modelos mais eficientes, com queda nos custos das operadoras de saúde.
O ganho social desse objetivo é incontestável, uma vez que permite o acesso aos serviços de saúde para um número maior de pessoas. Além disso, o desenvolvimento tecnológico muda do modelo focado na doença para outro centrado na conservação do bem-estar físico e emocional.
Essa visão nos obriga a agregar tecnologia que ajude as pessoas a melhorar seu desempenho com feedback e sensibilização. Sem mencionar a diminuição de custos e da capacidade de processamento da Inteligência Artificial.
Garantir o acesso à saúde para um número maior de pessoas não depende apenas de senso de humanidade, vontade e altruísmo, mas de custos menores. Desse ponto de vista o smart business é um caminho sem volta para as organizações que pretendem se manter no mercado e nossa equipe está pronta a contribuir com isso.
Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudar, pois esse é o propósito da nossa inteligência organizacional.