A liderança feminina nas empresas é o grande diferencial nos dias de hoje, pois proporciona mudanças significativas tanto na cultura organizacional quanto no planejamento contínuo das carreiras.
Todavia, o cenário brasileiro ainda carece de percepção e de atualizar conceitos no que diz respeito a:
- participação igualitária entre os colaboradores;
- diversidade nos ambientes de trabalho;
- valorização de trabalhos inovadores.
Felizmente, aquelas corporações que já implantaram diversos incentivos para a liderança feminina estão em ampla vantagem em relação às demais que ainda mantêm um sistema arcaico e retrógrado.
Quer saber mais sobre a liderança feminina nas empresas? Então, não deixe de ler nosso post sobre o assunto!
A diversidade nas empresas
Foi-se o tempo das grandes e tradicionais empresas que se preocupavam apenas com produtividade e lucratividade e não se dispunham a dialogar as dúvidas, expectativas e incertezas com seus colaboradores.
Atualmente, as empresas precisam se renovar para reter talentos e modificar os paradigmas em um mercado tão concorrido. Um dos métodos de grande repercussão ocorre na adequação a partir de um alinhamento estratégico entre as crenças e as necessidades do mercado.
Nesse sentido, as organizações precisam ter identidade e comunicação voltadas para a diversidade e a inclusão, que são pontos fundamentais, pois é impossível pensar em crescer e manter uma próspera e contínua atividade empresarial sem tratar tais questões, que deve estar alinhada com a evolução das questões da sociedade.
Essa proposta precisa acontecer de cima para baixo, em uma situação na qual os líderes necessitam estar abertos ao conceito de diversidade, que deve ser fortalecido não apenas o discurso, mas ser algo genuíno na cultura organizacional.
Como comenta Thamara L. Matthos, mentora e coach de executivos, os líderes precisam fazer questionamentos como:
“Qual é a cultura que eu quero implantar? Eu quero de fato uma cultura que valorize a diversidade? Estamos dispostos a romper barreiras e a garantir que todo o processo seja considerado como ponto de decisão, realmente as competências técnicas e comportamentais e não o gênero?”
Ela ainda complementa:
“O que eu vejo, é que, embora as mulheres tenham mais educação formal que os homens e que a competência profissional não tem nada a ver com o gênero e sim com o que a pessoa traz de hard e soft skills, um estudo feito pela International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, aponta que 25% das vagas de liderança no Brasil são ocupadas por mulheres. Considerando que nós preenchemos hoje cerca de 45% das posições formais de trabalho, temos ainda uma longa jornada para chegar no patamar de igualdade perante os homens”.
Dito isso, deve-se partir para mudanças que ocorrem desde o processo seletivo até os métodos para promoção de funcionários, transferência de indivíduos ou desligamento daqueles que não estão satisfazendo as expectativas da empresa.
Portanto, na questão da diversidade, é preciso elaborar ações que conscientizem e fomentem essa implantação de forma gradativa e objetiva, visando a mudanças ao longo do tempo na percepção do coletivo.
Dentre algumas propostas, Thamara sugere:
“Converse internamente, crie fóruns e programas para abordar os ganhos de construir uma empresa que tenha, na sua cultura, a estampa real da diversidade, além de aprender a liderar e a valorizar a multiplicidade de expertises”.
Apesar de desafiadora e ousada, a cultura da diversidade preconiza um olhar muito maior e mais abrangente, de forma que os resultados sejam maximizados mesmo entendendo a capacidade individual.
A liderança feminina e sua importância
A liderança feminina pressupõe não somente uma valorização igualitária de trabalho, mas também adequações às virtudes que são inerentes ao gênero. Nesse contexto, essas competências servirão como um diferencial para alçar voos mais altos.
Um dos pontos observados por Thamara em sua trajetória de quase 20 anos em RH e mentora de líderes, é que as mulheres têm uma habilidade maior de relacionamento interpessoal, que já é intrínseco delas saber interagir.
Outra particularidade relatada por Thamara é a questão da multifunção, na medida em que as mulheres são multitarefas, estão atentas a diversas atividades e são mais produtivas quando precisam lidar com rotinas simultâneas.
Mais um aspecto mencionado pela mentora e coach é o chamado ” jogo de cintura” que as mulheres desenvolvem, o qual facilita lidar com conflitos no trabalho, ouvir as discordâncias entre os liderados e gerenciar crises.
As lideranças de destaque no mercado
Diante da crescente participação da mulher no mercado de trabalho e de todos os benefícios advindos dessa estratégia, podemos observar exemplos de executivas que conquistaram lugares diferenciados em suas empresas.
Sabe-se que a trajetória foi árdua, diante dos rótulos e preconceitos da sociedade, mas muitas venceram e se consolidaram no mercado, enquanto outras ainda estão galgando um espaço na sua formação profissional.
Conheça, a seguir, alguns exemplos de liderança feminina de grande relevância na atualidade.
Luiza Helena Trajano
Desde os 12 anos de idade, Luiza Trajano já trabalhava e, com muito esforço, dedicação, humildade e sabedoria, construiu um império do mercado varejista de produtos e eletrodoméstico que já soma mais de 800 lojas pelo Brasil.
Sua principal característica como liderança feminina foi a empatia com clientes e funcionários, fundamento pouco desenvolvido na década de 60 e altamente valorizado nos dias de hoje.
Sônia Hess
Sônia Hess aproveitou sua experiência como gestora na empresa da família e transformou o negócio na maior camisaria da América do Sul, com produtos refinados e de bom gosto para o público.
Diante de sua experiência e cansada de viver entre São Paulo e Santa Catarina, hoje ela se dedica a projetos sociais, que incluem a inserção de mulheres no mercado de trabalho por todo o Brasil.
Virginia “Ginni” Rometty
Essa mulher foi a primeira liderança feminina a comandar a IBM, está no cargo desde 2012 e tem um currículo invejável, com bacharelado em Ciência da Computação e Engenharia Elétrica e passagens bem-sucedidas pela General Motors e por diversas empresas de marketing e vendas.
Susan Wojcicki
Segundo a revista Forbes, Susan é a 12ª mulher mais poderosa no mundo, sendo citada entre as mais influentes no campo da tecnologia. Atualmente é CEO do YouTube, tendo passagem também pela Google.
A liderança feminina é uma tendência mundial, e os benefícios são observados em curto, médio e longo prazo. Para tanto, é essencial modificar a cultura organizacional em prol da diversidade, investir na capacidade e retenção de talentos e colher os frutos de grandes mulheres à frente do mundo corporativo.
E você, gostou do nosso texto? Ainda tem dúvidas a respeito da revolução feminina no mundo dos negócios? Deixe sua opinião!