O medo de mudança assola a humanidade desde tempos mais remotos, porém, em situações de impactos sociais, econômicos e comportamentais sem proporções mensuráveis até o momento — como uma pandemia —, esse sentimento aflora ainda mais.
Já se sabe que as relações humanas, profissionais e financeiras serão afetadas e demandarão ajustes em curto, médio e longo prazo, o que em si já causa certa insegurança.
Todavia, se olharmos apenas para o foco da questão, não vislumbraremos outras oportunidades que surgirão com a experiência dramática e desafiadora que a pandemia da COVID-19 está proporcionando.
Por isso, neste post, faremos uma reflexão sobre o medo de mudança diante das novas perspectivas do cenário que está se consolidando. Continue conosco!
Entenda a importância de acompanhar as tendências na área da saúde
As tendências na área da saúde estão em constante evolução. Uma terapia considerada eficaz pode, posteriormente, ser refutada ou complementada com o surgimento de novas opções.
Dessa forma, é importante acompanhar as recomendações em saúde que vão desde medidas preventivas e de contenção de doenças até aquelas que são conduzidas por profissionais de saúde por meio de equipamentos clínicos.
Observam-se, por exemplo, as orientações repassadas para prevenção e controle da disseminação da COVID-19 que são respaldadas pela Organização Mundial de Saúde, sobre a proteção nos ambientes públicos.
Diante disso, vimos uma mudança comportamental das pessoas que adotaram a proteção individual das máscaras nas rotinas domésticas e profissionais, além da desinfecção de superfícies e embalagens de alimentos antes do uso.
Todavia, é preciso certificar-se da veracidade das informações, visto que existem muitas fake news de pessoas leigas que afloram nas redes sociais, bem como a divulgação de estudos científicos sem qualidade metodológica importante.
A questão que aflige as pessoas neste cenário atípico que estamos vivenciando são as incertezas sobre o futuro e como as consequências emocionais influenciarão as relações no olhar de um “novo normal”.
Saiba mais sobre o medo da mudança nesse setor
O medo da mudança é inerente ao ser humano, pois, conforme comenta Thamara L. Matthos, Coach, Mentora de Líderes e Especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares, “O ser humano tem uma capacidade criativa de imaginar e desenhar situações que poderão se tornar realidade ou não. Dessa forma, os pensamentos podem gerar reações positivas ou negativas com base no que está sendo pensado e criado, desenvolvendo o sentimento de medo principalmente quando se está diante de grandes mudanças em sua vida”.
Boa parte das nossas ações diárias são automáticas. O nosso cérebro prefere funcionar no piloto automático, porque é assim que ele economiza energia. Certo ou não, bom ou ruim, nossos hábitos nos moldam.
Matthos explica também que o principal receio das pessoas no processo de mudança é não saber o que encontrará na travessia entre o estado atual e o novo. Sair da zona de conforto implica em questionar e modificar seus padrões e crenças, deixando de lado os pensamentos negativos para focar e direcionar a energia na criação e desenvolvimento de novos hábitos e competências.
Além disso, como o cenário ainda não está definido, o isolamento e a restrição de contatos físicos e sociais têm despertado comportamentos complexos tendo em vista a solidão e a limitação de locomoção impostas pela maioria dos países.
No contexto da pandemia, ainda pairam incertezas sobre a cura ou controle da doença, quais são os indivíduos mais vulneráveis, tipos de tratamento em estudo, recomendações científicas e seguras para a sociedade.
Também não há certezas relacionadas à sobrevivência econômica e social e às consequências para os países menos desenvolvidos, que serão duramente afetados pela queda do turismo e pelas modificações financeiras ao redor do mundo.
Entenda o impacto da COVID-19 e as mudanças necessárias
As mudanças estão ocorrendo na medida em que as respostas estão surgindo. Porém, na atual realidade, deve-se parabenizar os profissionais de saúde que estão na linha de frente lidando com a situação.
Porém, como ressalta a coach Thamara, “são guerreiros, no front de batalha, esperançosos e perseverantes na luta contra a COVID-19, mas, como todo ser humano, com seus medos e preocupações, receosos com suas vidas, das suas famílias e dos pacientes que necessitam de sua ajuda”.
Felizmente, com a permissão da telemedicina inserida no contexto da saúde digital, ainda que no período da pandemia do coronavírus, o impacto pode ser reduzido principalmente para os doentes crônicos que necessitam de acompanhamento clínico periódico.
A formalização da teleconsulta proporciona outros benefícios e é fundamental para avaliar a viabilidade dessa ferramenta no serviços públicos e privados de saúde nas diferentes regiões do Brasil.
Matthos ainda cita outras transformações e necessidades da telemedicina:
- aperfeiçoar sistemas capazes de comportar toda a jornada do paciente e informações, bem como direcionar e fornecer dados para tomadas de decisão ágeis e eficientes, que integrem e beneficiem o paciente, o médico, os serviços complementares e o sistema de saúde como um todo;
- preparar, capacitar e dar ferramentas para os profissionais da saúde atuarem no ambiente mais digital, garantindo uma interação mais humanizada;
- proporcionando acolhimento e segurança ao paciente e aos profissionais da saúde;
- simplificar o atendimento, para torná-lo acessível;
- garantir que o sistema criado seja íntegro, seguro e confiável.
Sabe-se que muitos profissionais de saúde estão preocupados com a garantia de acolhimento e efetividade na consulta, no provimento de ferramentas tecnológicas para viabilizar esse processo bem como no acesso e tranquilidade para desenvolver a telemedicina como um complemento na assistência à saúde.
Conheça as medidas tomadas no Brasil e no mundo
O cenário ainda é desafiador, porém está constantemente em mudanças conforme a divulgação dos resultados das pesquisas em andamento. Diante disso, enquanto alguns países tomam medidas mais drásticas, outros optam por condutas menos traumáticas.
Especificamente no Brasil, foram adotadas medidas como cancelamento de eventos com aglomeração de pessoas (o número máximo foi definido por unidade federativa), distanciamento social para realização de atividades essenciais, entre outros.
Nas demais áreas, foram adotadas home office para empresas públicas e privadas, suspensão das aulas, auxílio emergencial para trabalhadores informais e autônomos, ajuda de BNDES e bancos públicos, entre outras medidas que ainda estão em fase de planejamento e autorização legal.
O medo de mudança pode ser mais aprofundado como consequência desse novo cenário. Contudo, é preciso que haja sensibilização em prol de modificações do comportamento dos indivíduos baseadas em recomendações clínicas, sociais e econômicas confiáveis, além da manutenção de um equilíbrio psicológico para tomar decisões corretas nessas situações.
Além disso, como concluiu Thamara L. Matthos, “a mudança é difícil no começo, confusa no meio e linda no final”, enfatizando que é possível e necessária para crescimento e transformação das pessoas e consequentemente de toda a sociedade.
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