Entenda a importância dos sistemas de informação em saúde

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Rômulo Bezerra|
01/12/2021

Se os sistemas de informação em saúde são usados com alto nível de excelência em alguns casos, em outros são vistos como meras ferramentas. É difícil identificar se isso ocorre por razões culturais ou por influência do uso de sistemas obsoletos, que não oferecem o dinamismo e as facilidades das soluções mais amigáveis, intuitivas e modernas.
Mas qual o impacto de uma situação ou de outra na gestão? Como os sistemas de informação ajudam ou atrapalham o melhor desempenho na área de saúde? São essas as perguntas que pretendemos responder para você neste texto. Tanto do aspecto operacional quanto na tomada de decisão e na inovação. Continue a leitura e confira!

Os dados e as informações nos sistemas de informação em saúde

Para começar, vamos falar um pouco sobre a natureza e o conceito de “dados”. Basicamente, eles são como números que, necessariamente, não têm nenhum significado. Para que eles sejam úteis precisam se transformar em informação. Desse ponto de vista, existem os dados brutos que, depois de “lapidados”, se transformam em informação.
Esse pode ser um processo bastante complexo se envolver um grande volume de dados não estruturados, impossíveis de serem combinados uns com os outros — como se fizéssemos exames de sangue com amostras misturadas, de vários pacientes.

Os sistemas de informação em saúde na autogestão pública

No que se refere às informações de gestão do setor de saúde, especificamente de planos de autogestão, são os sistemas de informação que estruturam e combinam dados de desempenho para gerar um painel de informações gerenciais, que é esperado que seja simples de analisar.
Essa abordagem dos sistemas é importante porque costumamos percebê-los a partir das funções operacionais deles, como registrar procedimentos, cadastrar pacientes, solicitar exames e lançar despesas.

A automatização operacional

Essas funcionalidades podem diminuir substancialmente o retrabalho, acelerar procedimentos, impedir fraudes e, de modo geral, otimizar cada processo da autogestão. Essa primeira atribuição do sistema reverte diretamente no aumento da produtividade na administração, que é facilmente mensurável em termos de diminuição do tempo gasto com cada tarefa.
Além disso, a gestão e o monitoramento das mais diversas atribuições de cada profissional envolvido nos mais diferentes processos, é o que vai garantir um atendimento adequado ao paciente, uma vez que os processos existem para atendê-los.

A informação para tomada de decisão

Ao mesmo tempo que esse ganho operacional é valorizado e nos dedicamos a ele diretamente, esses procedimentos geram uma infinidade de registros sobre a operação que, automaticamente, são transformados em dados ainda em estado bruto.
Por estarem organizados em um sistema integrado e voltado à gestão, a geração de relatórios e de indicadores de saúde e de desempenho em tempo real é automática. Por exemplo: no momento em que ocorre a solicitação de compras é processada e orçada, o financeiro a terá disponível para uma série de análises.
Essas informações melhoram, de forma definitiva, a eficiência na tomada de decisão, permitindo que elas sejam mais embasadas e focadas na solução dos problemas que exigem prioridade para manter o plano viável. Além disso, permitem ações proativas ao simular cenários futuros e efetuar previsões, seja de fluxo de caixa, seja de projeções de demandas de atendimento.
Do tempo de espera do paciente até as informações financeiras detalhadas e identificação de desperdícios, tudo pode ser verificado diariamente, departamento por departamento, de modo integrado e como forma de trabalhar constantemente para aprimorar a gestão.

A informação e a autossuficiência do plano

Poucos planos de autogestão pública são autossuficientes atualmente. Por isso, esse é o principal desafio do setor, sendo impossível de ser superado sem informação de qualidade. Sem aporte do governo, esses planos simplesmente não teriam como se sustentar.
Apesar do desafio, todos os dados necessários estão disponíveis em um bom sistema para gerar as informações para tomada de decisão sobre que medidas adotar para tornar o plano superavitário.
É verdade que podem existir barreiras diversas para colocar essas medidas em prática, mas quando a falta ou o excesso de informação é o problema, nem ao menos a decisão pode ser tomada com segurança.

Os sistemas de informação como suporte à inovação

Além desses aspectos mais práticos e funcionais, que envolvem o dia a dia da administração de um plano e a tomada de decisão, grande parte das inconsistências, problemas e gargalos operacionais, podem ser solucionados com inovações, seja com a elaboração de novos processos, seja com a incorporação de novas tecnologias.
Obviamente, elas não se limitam aos aspectos mais operacionais. Da aplicação de inteligência artificial na análise de dados, na identificação de possibilidades e inconsistências, até aplicativos simples de agendamento de procedimentos, estamos diante de uma janela de oportunidades.
O hospital 4.0 não é mais uma ideação de filme de ficção, tampouco os sensores para monitoramento de pacientes, as consultas virtuais e tantas outras inovações que estão na iminência de ganho de escala.
Pois bem, os sistemas de informação são como uma base estrutural para dar suporte a muitas dessas novas tecnologias. Com sistemas obsoletos, muitas dessas iniciativas podem ser subaproveitadas ou terem sua implantação inviabilizada.
Mesmo que você olhe para essas soluções como algo distante, leva tempo até que seja possível se estruturar. Uma clínica pode fazer essa transição em alguns meses, mas não é o caso da maioria dos planos de autogestão, mesmo os de menor porte. Por isso, essa estruturação é uma medida urgente em grande parte dos casos.

Os sistemas de informação e o foco da equipe

Outro aspecto determinante dos sistemas de informação, e não apenas em saúde, é a mudança de foco da equipe. Qualquer colaborador pode ser muito mais valioso e produtivo quando focado em atividades criativas, de atendimento, estratégicas ou inovadoras.
De outro lado, atuar com procedimentos mecânicos e padronizados, que poderiam ser facilmente automatizados por um software, é a mais clara e nociva indicação de improdutividade. Essa é uma realidade cada vez mais marcante, conforme a tecnologia se desenvolve e assume novas capacidades.
Algumas delas, inclusive, oferecem alto grau de humanização. Aplicações de autoatendimento para agendamento de procedimentos, por exemplo, se funcionais, amigáveis e intuitivas, proporcionam uma experiência ótima para os pacientes e desocupam as pessoas, que podem se concentrar em resolver casos mais complexos, nos quais a ajuda deles é indispensável, quando for o caso.
Por fim, é de se mencionar que os sistemas de informação em saúde, quando subutilizados, normalmente os são porque os profissionais envolvidos no processo dificilmente detêm conhecimentos nas áreas de gestão, de tecnologia e, de forma mais específica, sobre implantação de sistemas.
Essa é a nossa especialidade! Entre em contato e converse com nossos consultores sobre o seu caso!

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