Você pode pensar em termos de indicadores de saúde com base em aspectos elementares, como controle e eficiência. No entanto, é preciso ter em mente que passamos por um momento de grande transformação tecnológica e, essencialmente, ela se refere à forma como usamos dados e informações.
A quantidade de indicadores e outros dados que podemos acompanhar nunca foi tão significativa e é preciso se estruturar e desenvolver nesse campo.
Só assim é possível tirar proveito dessa imensa base para gerar valor para o beneficiário e, ao mesmo tempo, diminuir custos para prestadores. Continue a leitura e entenda detalhadamente sobre o tema!
Entenda o que são os indicadores de saúde
Analogamente, os indicadores são uma radiografia do plano de saúde. Com base neles, é possível identificar os aspectos saudáveis e os nocivos da administração e traçar metas para corrigir o que for preciso. Isso inclui, por exemplo, custo médio de exames, quantidade de exames por consulta e índice de satisfação dos pacientes.
Contudo, eles também indicam detalhes macro, ou seja: que abrangem o sistema de saúde brasileiro, incluindo o SUS, os planos de saúde e as iniciativas particulares.
Em escala mundial, a Inglaterra é uma referência importante quando se trata de avaliação de indicadores. Embora mantenha um modelo mais barato — metade do valor per capita aplicado nos EUA — é considerado o país com maior índice de saúde.
Na Inglaterra os médicos não ganham por atendimento como é feito no Brasil, mas de acordo com a melhora dos indicadores de saúde da população, como quantidade de diabéticos, de fumantes e uma série de outros números que indicam as metas a serem atingidas.
De volta a nossa realidade, podemos considerar que um plano de saúde tem três tipos básicos de coberturas, que demandam por indicadores específicos:
- odontológica: cobre consultas e tratamentos dentários;
- ambulatorial: cobre consultas, exames e tratamentos;
- hospitalar: cobertura de internações e cirurgias.
Essas categorias podem ser avaliadas com algumas perguntas que, se observarmos, fazemos o tempo todo. Por exemplo:
- qual é a média mensal da carteira que realiza consulta mensalmente?
- Qual é a média de exames por consulta da sua carteira?
- Qual é a média etária da sua carteira?
Pois bem, gestores da área de saúde fazem essas perguntas porque essas são informações importantes, o que é uma ótima pista de indicadores que podem ser úteis.
Conheça 3 benefícios de acompanhar indicadores
Obter essas referências desejadas pelos gestores é o benefício mais elementar da adoção de indicadores, mas que resultam em outros ganhos mais pontuais. Vejamos!
1. Melhor controle das finanças
Indicadores financeiros costumam ser os primeiros a chamar atenção dos administradores em qualquer setor, especialmente no da saúde. Afinal, o aproveitamento de recursos e a diminuição de custos são determinantes para garantir a saúde de clínicas, hospitais, prestadores e pacientes.
Indicadores que demonstrem o nível de endividamento e do valor médio dos exames são bons exemplos dos dados que ajudam a melhorar o desempenho geral.
2. Melhor atendimento
O atendimento pode parecer menos importante dependendo do foco de quem observa os indicadores, mas esse é um grande engano. Índices de satisfação, tempo de espera e taxa de comparecimento a procedimentos agendados, por exemplo, ajudam a melhorar os resultados e a imagem que os beneficiários fazem dos prestadores.
3. Melhora da tomada de decisão
Nossa racionalidade é limitada. Sabemos que não temos controle total sobre os resultados de nossas decisões. Especialmente, porque são muitas as variáveis de influência e nem todas elas estão sob o nosso domínio.
Ao mesmo tempo, quanto maior o número de fatores que controlamos, maior a assertividade de nossas decisões e, consequentemente, dos resultados. É por isso que os indicadores são tão importantes para a tomada de decisão. Eles fornecem subsídio na forma de evidências concretas e eliminam suposições, que favorecem o erro.
Saiba também 3 ótimas maneiras de aplicá-los
1. Faça avaliações diárias
O ideal é que os indicadores sejam avaliados diariamente, mas isso tem um custo associado se não for possível contar com as ferramentas certas. Isso porque não existe benefício em gastar horas com o levantamento de indicadores e não ter tempo de analisá-los.
Por isso, é preciso poder contar com ferramentas tecnológicas capazes de gerar e apresentar esses indicadores de forma otimizada.
Esse acompanhamento diário é importante porque pode ocorrer de, por exemplo, o número de exames de alto custo superar exageradamente a média em determinado período. Nesses casos, é fundamental entender se isso é um caso isolado ou se existe um fator gerador desse gasto adicional e, se for o caso, qual o impacto dessa anomalia.
Quando o acompanhamento é mais esporádico, o prejuízo acumulado pode ser significativo até que seja percebido e corrigido.
2. Correlacione os indicadores
Para um bom aproveitamento também é importante entender a correlação entre os indicadores. Muitas vezes, esse fator é percebido como causa isolada de algum problema, mas nem sempre é o caso. Por exemplo. Digamos que exista um aumento da incidência de sarampo na região e, ao mesmo tempo, ocorra aumento do número de consultas.
Uma avaliação apressada poderia levar à conclusão de que os casos de sarampo explicam a quantidade de consultas. Contudo, nada garante isso. A influência pode ser relativa e reforçada por vários outros indicadores — somados ou não.
Outro exemplo reforça esse ponto. Um indicador muito considerado para a avaliação de custos é a idade dos beneficiários. Para uma média mais alta, considera-se um custo maior. No entanto, um jovem sedentário e obeso costuma apresentar maior risco do que um atleta de idade mais avançada.
Considerando esse aspecto, é fácil chegar à conclusão de que o incentivo a prática de exercícios é uma ótima alternativa de melhora da saúde dos beneficiários e de redução de custos.
3. Apoie-se na tecnologia
A tecnologia automatiza e apresenta indicadores em tempo real, o que permite que os decisores se concentrem na análise. Como essa é a nossa especialidade, podemos retratar um pouco de nossa experiência em fornecer esse apoio.
Além de melhorar o fluxo operacional, quando implantada, a tecnologia cria um padrão a ser seguido e gera indicadores de gestão para monitorá-lo.
Eles são apresentados em tempo real e, desse modo, os responsáveis pelo acompanhamento percebem as inovações que precisam fazer e as sugerem para suas lideranças, que podem aprová-las ou não, criando um círculo virtuoso de aprimoramento constante.
Por fim, esperamos que este texto tenha demonstrado categoricamente que os indicadores de saúde devem ser acompanhados sistêmica e diariamente para permitir a melhora do controle de custos, da tomada de decisão e, de modo geral, do funcionamento da prestadora. Eles ajudam a melhorar a eficiência e a aumentar o valor do serviço prestado.
Por falar em valor, conheça melhor o conceito do sistema aplicado na Inglaterra — mencionado nesta postagem.