Inteligência artificial quando utilizada no combate ao coronavírus, trará benefícios para o paciente, para a sociedade e para o sistema de saúde público e privado dentro do contexto da pandemia.
Entende-se como pandemia um alastramento desordenado de uma doença para diversos países do mundo e, no caso do coronavírus, ainda sem possibilidades terapêuticas metodologicamente confiáveis.
No entanto, com as ferramentas adequadas obtidas pela inteligência artificial, será possível traçar planos mais condizentes com a realidade de cada localidade e prever o consumo de recursos e os impactos em todos os eixos para a sociedade.
Quer saber mais sobre a inteligência artificial e o coronavírus? Então, não deixe de conferir este post que fizemos sobre o assunto!
Quais são os impactos de uma pandemia?
A decretação de pandemia pelo Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 é consequência da contaminação pela COVID-19 em praticamente todos os países acarretando diversas complicações para a assistência à saúde. Isso acontece em uma escala de contaminação inicialmente dentro dos países, mas quando acomete diversas localidades simultaneamente e não é possível controlar a expansão para os não contaminados, instala-se a pandemia.
Quando se depara com um cenário pandêmico, observa-se primeiramente o colapso do serviço de saúde, que não está preparado para lidar com tantas demandas em um período curto de tempo. Soma-se a gravidade no setor social e econômico.
Nesse sentido, os gestores precisam lançar mão de ferramentas para monitorar as informações clínicas obtidas, fazer projeções ou levantar dados que facilitem um diagnóstico mais apurado da situação.
Essas pesquisas são fundamentais para embasar a tomada de decisão, antecipar condutas ou demonstrar o comportamento de uma pandemia em relação à situação clínica atual e às perspectivas para a assistência.
Como funciona a inteligência artificial em saúde?
A inteligência artificial é um conjunto de técnicas e de processamento que pode gerar resultados significativos conforme uma demanda. Para tanto, utiliza a ciência computacional e de diversos bancos de dados para apurar um problema.
Os campos de atuação da inteligência artificial são amplos e podem ser aplicados nas ações preventivas e curativas em saúde, assemelhando-se a uma conclusão feita por especialistas na área.
Sendo assim, é possível prever catástrofes humanas, avaliar os impactos da implantação de uma nova tecnologia, prever gastos com equipamentos, medicamentos e insumos terapêuticas, entre outras infinitas possibilidades.
Por meio da análise de dados e de cálculos epidemiológicos, matemáticos e estatísticos, é possível traçar um diagnóstico dos problemas de saúde e comparar com os recursos disponíveis.
Como a inteligência artificial pode combater a pandemia do coronavírus?
Diante de um alastramento infeccioso sem precedentes em decorrência do coronavírus, diversas estratégias têm sido empregadas para melhorar a ótica da situação ou amenizar os impactos desse problema.
Por isso, listaremos, com base nas informações já relatadas na literatura sobre a COVID-19, como a inteligência artificial será uma grande ferramenta. Acompanhe conosco!
Conforme apontado por Pedro Santos Neto, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Maida. health, algumas práticas da inteligência artificial e coronavírus podem ser implementadas eficientemente.
Previsão de logística
Por meio de dados fidedignos sobre a incidência de COVID-19 nos municípios brasileiros e levantamento dos recursos hospitalares, é possível prever a logística conforme o avanço da doença.
Na medida em que as informações são atualizadas, a logística dos serviços essenciais em saúde bem como a forma de lidar clinicamente com a situação também são. Isso pode ser observado principalmente na mudança de condutas terapêuticas que ocorreu no epicentro do problema.
Anteriormente, na província de Wuhan, foram idealizados hospitais exclusivamente para tratar pacientes com suspeita ou confirmação da infecção por coronavírus. Logo depois, observou-se que o ambiente hospitalar era mais propício para aumentar a disseminação, principalmente se acometer também aqueles pacientes que já estavam internados com outros problemas clínicos mais graves.
Diante disso, as autoridades chinesas recomendaram fortemente o encaminhamento dos doentes mais graves do ponto de vista respiratório e medidas preventivas de distanciamento social.
Identificação de casos
Um dos maiores problemas para se identificar um paciente com coronavírus é a confirmação laboratorial da doença. Isso porque não há um número suficiente de testes de confirmação no Brasil, e aqueles pacientes que são averiguados aguardam muito tempo pelo diagnóstico.
O fato é que a efetividade divergente e a falta de testes imunológicos distribuídos aos municípios brasileiros dificultam a tomada de decisão — além da incerteza de não demonstrar se o paciente possui anticorpos ou se está com a doença ativa.
Diante disso, é preciso pensar em outras estratégias que possam predizer um padrão da doença. Exemplo disso é a construção da plataforma desenvolvida pela Maida.health sem recursos públicos e utilizada pelo Ministério da Saúde, que compila as imagens radiológicas dos pacientes internados com depleção respiratória grave decorrente de uma infecção viral.
Para tanto, cabe aos médicos fazer o cadastro na plataforma, acompanhar as imagens e ajudar no banco de informações sobre o assunto. Assim, será mais fácil otimizar o diagnóstico mais próximo do que seria o coronavírus e, consequentemente, o tratamento e utilizar a teleconsulta, se necessário.
Assim, na medida em que as imagens são inseridas nessa plataforma, seria criada uma base nacional conforme a maior frequência de achados radiológicos que poderia predizer a infecção decorrente do novo coronavírus.
Avaliação dos insumos necessários
Um dos maiores problemas atualmente é a falta de respiradores artificiais que são utilizados para as complicações respiratórias do coronavírus. Acontece que essa tecnologia está escassa em todos os países e a aquisição demanda valores maiores do que o normal.
A partir dos dados da inteligência artificial, é possível prever o consumo dos itens, conforme o quantitativo das tecnologias disponíveis e o número de casos que se agravarão, entre outras combinações estatísticas.
Portanto, por meio da inteligência artificial na crise do coronavírus, será plausível, ainda que eticamente questionável, decidir qual paciente obterá mais benefícios clínicos com o uso escasso do respirador.
Quais as condições para efetividade da inteligência artificial e coronavírus?
A inteligência artificial trabalha essencialmente com os dados disponíveis tanto em bancos públicos quanto privados. Por isso, para que gere resultados consistentes, é fundamental que as informações sejam fidedignas.
Esse processo é muito desafiador no caso do coronavírus, pois as pesquisas estão sendo produzidas em tempo real para os profissionais clínicos e gestores de contingência na tomada de decisões.
No entanto, devido à urgência para implantar condutas preventivas e adequadas ao contexto, algumas pesquisas estão sendo produzidas sem a devida coerência e qualidade metodológica, o que pode gerar desfechos poucos significativos e não contribuir muito.
Sendo assim é crucial que pesquisadores, profissionais de saúde e equipes de informática e de processamento de dados trabalhem juntos para construírem dados consistentes e úteis ao combate do coronavírus.
A integração da inteligência artificial e coronavírus é um processo de grande relevância para todos os envolvidos, pois identifica e trabalha estatisticamente as informações, prevê recursos e estudos epidemiológicos conforme a realidade de cada município do país e auxilia na compilação de dados para os órgãos federais.
E você, ficou interessado em saber como a inteligência artificial pode ajudar no combate ao coronavírus no Brasil? Então, entre em contato conosco!