A Medicina vem sendo apresentada às novas perspectivas direcionadas pela tecnologia já há algum tempo. Com um processo de transição às abordagens mais modernas em curso, algumas técnicas e práticas já se destacam por serem mais acessíveis e de fácil assimilação. Os telelaudos estão entre elas, com boa aceitação e de extrema utilidade, especialmente nos últimos tempos.
A pandemia da COVID-19 acelera a necessidade de adaptar a medicina e suas práticas, mostrando a urgência de repensar os atendimentos.
O distanciamento social força a busca por adequações que permitam que o setor de saúde suplementar siga exercendo seu trabalho de forma segura. Em meio a esse cenário, processos tecnológicos como os telelaudos ganham destaque.
Neste post vamos detalhar esse procedimento e como ele pode ser útil para a rotina médica em uma perspectiva futura, sob a ótica do Dr. Pedro Santos Neto, Head of Research & Development da Maida.health. Saiba como funciona o telelaudo, seus benefícios e de que modo deve ser feita sua implementação!
O que é e como funciona o telelaudo?
Os telelaudos consistem no desenvolvimento e emissão de um laudo médico remotamente. Ou seja, sem contato e proximidade entre o profissional e o paciente, ou do próprio médico com outros profissionais responsáveis por exames e procedimentos.
Essa prática é estudada e até mesmo realizada há algum tempo, mas deve ganhar mais espaço e adesão nos próximos tempos.
Os laudos podem conter informações sobre um exame, como as imagens, sendo transmitidos de um laboratório para o médico. Nesse processo, ele recebe em seu consultório, analisa o conteúdo e então pode tirar suas conclusões sobre a situação em questão.
Todo o processo é feito pela internet, com a transferência das informações e percepções por meio de sistemas, dependendo da estrutura tecnológica utilizada.
A base conceitual dos telelaudos é permitir que haja, de fato, a dispensa da necessidade de um número maior do contato presencial entre o médico e seus pacientes, com um trabalho remoto e seguro, especialmente durante a pandemia da COVID-19.
Estrutura tecnológica e segurança da informação
Para que o trabalho com telelaudos seja seguro e regulamentado, é importante que os profissionais da saúde realizem suas atividades em sistemas regulamentados. Eles são estruturados em protocolos de segurança rígidos e devem obedecer os padrões tecnológicos Health Level 7 (HL7).
Essa norma engloba padrões internacionais que regulamentam a transmissão de dados clínicos, garantindo padronização específica para o setor de saúde.
As normas dessa categoria de trabalho remoto também implementam rígidas limitações à manipulação dessas informações do paciente, adequando o uso de dados e garantindo que eles não saiam do âmbito médico.
O padrão HL7 é baseado em um mecanismo de criptografia, ou seja, os sistemas que o utilizam estão capacitados a proteger as informações médicas contra qualquer vazamento ou acesso indevido.
Os laudos ficam armazenados no sistema de telemedicina, podendo ser consultados apenas por paciente e médicos, mantendo a criptografia e concedendo o acesso limitado.
Quais os principais benefícios dos telelaudos?
Os telelaudos podem ser realmente benéficos às relações médicas, especialmente em períodos de altas restrições, como a crise global da COVID-19. Entenda a seguir, em alguns pontos, de que maneira essa abordagem tecnológica se justifica.
Trabalho e consultas remotos
O trabalho remoto é uma conquista que profissionais de diversos setores vêm experimentando há algum tempo, mas que demorou a ser visto como realidade à Medicina. O distanciamento social obrigatório de uma pandemia foi o gatilho de mudança e, hoje, a perspectiva é de que será possível mudar essa relação entre médico e paciente.
O atendimento remoto pode ser uma realidade e ela traz diversos pontos de vantagens. Para o médico, há uma necessidade menor de estrutura física e, possivelmente, mais produtividade.
Para o paciente, há menos custos de deslocamento e uma grande economia de tempo. Remotamente, é possível realizar vários níveis de consulta, o que é de grande benefício.
Menores custos no processo
Custos são sempre uma questão relevante quando falamos de saúde suplementar. Manter um consultório para receber pacientes exige um custo, da mesma forma que, para essas pessoas, pagar por uma consulta tradicional pode ser mais oneroso.
Com processos tecnológicos a distância, é possível reduzir custos e tornar o acesso à saúde suplementar muito mais democrático.
Eliminação de riscos de contaminação
Ainda não há uma vacina ou cura para o coronavírus, o que gera a reflexão sobre como será o futuro. O risco de contaminação é algo que assusta e é o fator de mudança das relações sociais e da forma como as pessoas consomem serviços, inclusive os médicos. Hoje, o distanciamento é o que elimina o risco de contaminação.
Em meio a isso, os telelaudos são simplesmente a melhor solução para consultas em que não há a necessidade do contato presencial entre médico e paciente. Para o futuro, talvez a contaminação não seja mais um fator de preocupação, mas o atendimento remoto seguirá como uma opção relevante, confortável e mais barata.
Como deve ser a sua implementação?
A implementação é uma etapa importante do trabalho e que pode gerar preocupação nos médicos, afinal, a telemedicina é algo novo. Ainda assim, não há um processo altamente complexo, o que garante que os telelaudos sejam uma realidade mais acessível, estimulando mais médicos a adotarem a prática o mais rápido possível.
A escolha do melhor sistema de telemedicina
O primeiro passo para a implementação dos telelaudos é a escolha de um bom sistema de telemedicina. É fundamental garantir que ele seja de um fornecedor de renome e credibilidade, com experiência no setor. Como mostramos, ele precisa seguir também o padrão HL7.
A integração entre aparelhos e sistemas
Uma vez escolhido, esse sistema precisa estar integrado com plataformas de captura de dados de exames. Aparelhos de raio X e tomografia, por exemplo, devem estar aptos a transmitir seus resultados para o sistema, o que gera esse canal de transmissão das informações.
Assim, o médico recebe os dados diretamente em seu sistema, podendo analisá-los e então começar a trabalhar no desenvolvimento do seu telelaudo.
Entre as possibilidades de telemedicina mais concretas de implementação e uso no momento atual, os telelaudos são, sem dúvidas, um dos mais úteis e importantes. Eles são capazes de reduzir a necessidade de deslocamento e do contato presencial entre profissional e paciente. Para o futuro, a perspectiva é que os telelaudos sigam como um recurso de grande aceitação.
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